NAMÍBIA OU NAMÍBIA?
Texto e fotografias por Marcelo Resende
Para darmos continuidade à viagem, tínhamos que fazer a escolha entre seguir mais no norte da Botswana, o que nos levaria a outra bifurcação para Maun ou para a região do Caprivi – Namíbia, ou seguir a oeste e entrar na Namíbia, onde poderíamos encontrar mais tribos e ver mais desertos.
Namíbia seria destino certo; só não sabíamos por qual caminho.
Apesar de querermos mais contato com tribos, acabamos optando (somente no café da manhã) que iríamos para o norte, evitando as paisagens repetitivas típicas dos desertos. No caminho para o norte, no mesmo dia, tivemos que fazer a escolha entre Maun, região mais preparada para o turismo e aparentemente com excelente estrutura de lodges sofisticados e passeios de todos os tipos, ou a estrada que nos levaria ao Caprivi.
Dada à rusticidade que imaginávamos sobre o Caprivi, no trevo decidimos rapidamente por tal opção e continuamos a viagem. Com poucas incursões naquele dia pelas veredas que se abriam às margens da estrada principal, conseguimos chegar ao final da tarde na fronteira com a Namíbia um pouco antes do fechamento do posto fronteiriço.
Fizemos rapidamente os trâmites e seguimos, já ao cair da tarde, por uma estrada de terra em boas condições que seguia quase que paralelamente ao rio Okawango. Naquela estrada já apareciam com frequências as placas indicativas de elefantes na pista. E era uma atrás da outra mesmo. Também deu para avistar um grande número de animais que já se aproximavam da estrada ao escurecer.
Em algum lugar daquele caminho vimos uma placa indicando um logde e, se só tem tu vai tu mesmo. Saímos da estrada e fomos seguindo por um caminho bem mais estreito, com muitas poças, às vezes de barro, às vezes de areia fina molhada. Um pouco de grama molhada, um areão mais complicado, mas curto, e finalmente chegamos ao lodge.
Apesar de não ser luxuoso (ótimo!), tinha toda estrutura necessária, internet, comida boa, muitas cervejas especiais e, o melhor, a cabanas ficavam bem de frente para o rio Okawango, lotado de hipopótamos e crocodilos.
Sair para passear de madrugada entre as cabanas que ficavam bem espalhadas não era uma boa ideia, mas havia um vigia noturno com um rifle para quaisquer eventualidades. Curtir as cervejas, a boa comida e a lua no deck sobre o Okawango foi simplesmente espetacular.
Abraços,
Marcelo Resende______________________________________________________________________
Aguardem, na sequência mais publicações sobre esta viagem pelos países africanos.