PENÍNSULA DE ASSILAH

Esta pequena vila foi inicialmente uma possessão portuguesa, um lugar considerado estratégico para o início da colonização no continente africano.

Em razão desta influencia portuguesa, a arquitetura local apresenta uma mesclagem de construções de grandes muralhas construídas pelos fenícios abrigando alguns fortes, bem como a pouquíssimos metros pode-se observar a medida e as edificações, com portais e janelas tradicionais mulçumanas.















Vários tons de azul se misturavam pelo céu e no mar

Embora o local seja de cultura mulçumana, já se pode ver uma grande concentração de turistas, que ao meio daquele cenário já traz uma característica de trajes ocidentais ainda misturados às vestimentas árabes, principalmente entre as mulheres.

O mais interessante ainda está nos conjuntos arquitetônicos. Na península ao norte, ainda a preservada medida, onde a cultura de comercialização árabe predomina, e mais alguns quilômetros para o sul, construções modernas, e algumas altamente requintadas, lembrando o estilo californiano, presente na mesma orla.
















Os muros com pinturas que não destoavam da cor azul predominante

A tarde fui até as muralhas de um forte, onde lá de cima tinha uma panorâmica de quase toda a extensão da península e da medina mais a oeste. As torres da fortaleza eram brindadas com rasantes de pássaros os quais por muitas vezes ficavam a sua frente e pousando para que fossem fotografados.

Um lugar muito simpático e aconchegante. Pode-se dizer que trata-se de um balneário no noroeste do continente africano.

Ali eu já me sentia em uma atmosfera mais ocidental, não só pela frequência mais intensa de europeus, a culinária já trazia pratos típicos espanhóis, caldeiradas de frutos do mar, e o cafezinho já fazia parte do cardápio substituindo o chá.



























O fascínio de uma paisagem brindada pelo mar e conjuntos de arquipélagos que margeavam a costa, a grande quantidade de pássaros, em especial as gaivotas, que pareciam dar-lhe boas vindas naquele lugar, onde o horizonte te presenteava com um pôr do sol sobre o mar, que aquela lembrança eu já pressentia que iria ficar tatuada no coração.







































Em fim, o continente europeu estava cada vez mais próximo, a poucos mil quilômetros e também sentia que aquela experiência vivida por aqueles dias na África Árabe já iria deixar saudades.


Eduardo Wermelinger