VENEZUELA - ARGENTINA POR UM CASAL
Saímos de Caracas dia 16 de dezembro de 2011 em um grupo de 5 motos com destino a San Antonio de Táchira. Depois de ficar na alfândega um dia inteiro, conseguimos sair do país. Fizemos uma parada na cidade de Cúcuta, na Colômbia.
Devido à época atípica, tivemos que ter muito cuidado, pois choveu mais que o comum. Várias estradas haviam sido derrubadas e tivemos que passar por uma estrada de terra até a cidade de Bucuramanga.
A partir de lá as rotas melhoraram em parte. Rodamos pelo deserto de Berlin e por estradas totalmente danificadas pelas chuvas, até a cidade de Manizales. Depois de ter rodado 14 horas, nada melhor do que um merecido descanso.
No dia seguinte, saímos rumo a cidade de Cali e de lá fomos para Ipiales, na fronteira com o Equador.
Depois de passar pelos trâmites da alfândega seguimos para a cidade de Quito. Nessa cidade todos nós nos encontramos com nossas mulheres, e já que sabíamos do estado das estradas da Colômbia, devido à chuva, o melhor era evitar esse trecho da viagem.
No Equador o melhor foi conhecer o povo caloroso, o estado das estradas e a paisagem muito bonita.
Nessa cidade nos dividimos em dois grupos. Três ficaram em Quito e dois seguiram rumo à cidade de Cuenca, sul do Equador.
Como turistas, temos a obrigação de tirar uma foto na metade do mundo. Latitude 0º 00’. Passamos o Natal em Cuenca. Essa cidade é patrimônio da Humanidad, devido a sua arquitetura e passado histórico.
A partir de Cuenca, rodamos até a fronteira com o Peru. Depois dos tramites da alfândega seguimos até a cidade de Chiclayo.
A paisagem foi de uma zona fértil no Equador para um completo deserto no norte do Peru.
A rota que vai beirando o mar está rodeada de dunas de areia, de modo que a paisagem se torna áspera e com muito vento.
Na maior parte da rota no Peru, tivemos um vento muito forte e permanente vindo do mar. Tinha horas que a velocidade média era de 60 a 70 km/h e em uma moto isso significa manter-se inclinado constantemente para compensar.
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Tungurahua Volcano. Central Ecuador. |
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Ecuador and Peru. Not always easy roads: off road, heavy side wind and heavy fog. |
Depois de Chiclayo, nos separamos do outro motociclista e seguimos sozinhos com a minha mulher até o final da viagem.
De Chiclayo fomos para Lima, onde visitamos a parte histórica e um serviço de montagem na motocicleta BMW. Fomos de Lima até a cidade costeira de Camaná, para depois passar na cidade de Nazca. Nos arredores dessas cidades, se encontram as enigmáticas figuras de Nazca. Essas formas foram traçadas no solo pelos índios Paracas, mas até hoje ninguém sabe o motivo e nem como foram feitas. Algumas das figuras chegam a medir até 500 metros.
Depois de Nazca seguimos para Arequipa, uma cidade antiga construída de pedra vulcânica branca, com arquitetura colonial e com suas construções conservadas. Foi nessa cidade que iniciamos 2012.
De Arepipa passamos por Chile e paramos próximos a Iquique.
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Peruvian Coast, near Lima |
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Nazca lines. Peru. View from very small aircraft |
No dia seguinte, fomos até a cidade de Calama. Lá, as condições eram mais difíceis devido ao calor e a altitude. De Calama fomos até a alfândega em San Pedro de Atacama e lá, com todos os documentos da moto, começamos a trilhar o Paso de Jama até Argentina.
O Paso de Jama é um lugar muito bonito ao lado do Chile, devido à claridade e nitidez do céu a mais de 4300 metros do nível do mar. Foi um dos trajetos mais bonitos de toda a viagem.
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Salted lake. Argentina |
Finalmente chegamos à Argentina após ter novamente cruzado a Cordilheira dos Andes. A primeira vez foi da Venezuela para a Colômbia, e a segunda vez do Chile para a Argentina.
Já na Argentina passamos pelas Salinas grandes até a cidade de San Salvador de Jujuy, antes de irmos visitar a Cidade de Purmamarca, onde se encontra o Cerro de los 7 Colores.
De lá seguimos até a cidade de Catamarca, para depois fazermos uma parada obrigatória na Familiar em Mendoza, para depois irmos até Buenos Aires.
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Depois nossa volta foi de avião para Caracas, deixando a moto em Buenos Aires para serviços, e voltamos pela Amazônia.
Pontos importantes que vale ressaltar em uma viagem:
Segurança: A segurança é o mais importante para conduzir motocicletas. Desde a forma de conduzir como toda a vestimenta de segurança e equipamentos necessários.
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7 Colours mountain. Argentina |
Planejamento: Já que para cada dia de viagem há uma estimativa de quatro dias de preparação, prepare-se fisicamente e mentalmente. Superar seus medos e limites pessoais. Alcançar metas e resolver problemas. Conhecer nossos próprios limites, porque o desafio real é consigo mesmo. Interagir com diversas e ricas culturas latinas americanas.
Vale dizer que as motos as quais viajamos vieram com produtos Bosch e seus componentes principais; ABS, Alternador, Bomba de Gasolina, Filtro de Óleo, e outros componentes, que posso comprovar a sua qualidade e confiabilidade.