Rotas

VIAJANDO COM A FIRST LADY

 
Viajar de moto é “bão demais”, o som compassado do motor, o vento e o sol ao rosto, o desafio e o prazer do deslocamento no bailar de um tênue fio de borracha em contato com o asfalto. Compartilhar este pacote de sensações e emoções com nossas queridas Fist Ladies exige um diferencial que quando lapidado gera passeios deliciosos.

Ok, sei que o assunto é recorrente e já foi inclusive tratado com maestria pelo amigo Ricardo Lugris, mas como a receita de um delicado prato a mão de cada Chef Gourmet sempre pode trazer novos sabores e convenhamos, viajar acompanhado é um tempero especial.

Primeiramente esqueça os tours “easy rider”, deixe este modelo para curtir com os amigos ou em viagens solo. Com as patroas na garupa o mínimo de planejamento é necessário, medidas simples como informações do destino final e seus atrativos culturais, gastronômicos e comerciais inclusive com o pre-agendamento do city tour ajudam na gestão de tempo e horários, a ideia não é engessar o passeio mas sim aproveita-lo da melhor forma comungando gostos e anseios. Rodar o trecho de volta ouvindo (mutuamente) algo do tipo “queria ter feito isso, queria ter ido acola etc etc” estraga todo intuito do motopasseio.

Nossas garupas não fazem o padrão “Iron Butt” (ainda bem?!?!) portando programe o deslocamento com mais paradas, contando claro com a infraestrutura necessária (leia-se sanitários condizentes) para receber nossas queridas.
Para as iniciantes na arte um pequeno briefing sobre comportamento em marcha também é muito legal, lembrando as meninas que o salto agulha da linda bota pode causar sérios damos ao escapamento e que de preferencia ao passar batom não mudem a regulagem do espelho retrovisor, pequenas e valiosas dicas de nosso cotidiano motociclista e que em muito ajudam o casal na estrada.

Com carga a moto muda de comportamento, seja frenagem, aceleração ou em curva o setup de pilotagem é outro, tome cuidado ao explicar as Ladies sobre as regulagens de suspensão e pressão dos pneus, se você falar que esta ajustando no máximo por causa do peso dela terá que fazer uma retratação imediata, rsrs. Melhor dizer que de acordo com seus dotes mecânicos estas regulagens deixam a moto mais confortável e segura, pronto! Velocidades excessivas, condução perigosa e até irresponsável não condizem com quem quer rodar acompanhado, equipamentos similares e de boa qualidade são essenciais, nada adianta ficarmos secos e elas encharcadas em caso de chuva.

O item malas/bagagem também merece comentários à parte, o que, como e onde levar são incógnitas que nem os mais renomados livros sobre o assunto conseguem responder.

Digo que o segredo é organizar-se, e a receita é obvia e bem difundida

Comece com pequenos passeios, ao fim de cada um destes anote num caderninho o que faltou e o que sobrou, claro que irão haver erros e acertos e deste será tirado a lista com a tralha ideal, com a quilometragem e os passeios aumentando este “monstro” chamando bagagem vai se acertando e por fim praticamente arruma-se no automático.

Dividir a logística do passeio também é bacana e incentiva a empatia e companheirismo entre piloto e garupa, principalmente em trechos maiores e com mais dias de estrada partilhar os afazeres como controle de gastos, anotações de nomes e lugares, fotos, filmagens, informações a turma de casa, planejamento do roteiro entre outras tarefas, serve para criar um cotidiano mais harmonioso, transformando o tour numa excelente e prazerosa viagem.

Acima de tudo tenha em mente que um passeio a dois requer uma postura diferente, um pouco de maneabilidade e paciência com a dose certa de bom humor são itens imprescindíveis para o sucesso da viagem, e lembre-se que temos um bem altamente valioso em nossa garupa (seja esposa, filha ou namorada) trate deste com o devido cuidado, afinal por tua escolha ela é a “First Lady”.


Grande abraço.

Boas estradas.

Donato Monteiro
 
 
 
Bookmark e Compartilhe
 

Comentários (11)

2/2/2017 20:18:05
ZVTSO1XU
How come you dont have the Ean Golden VCI-100 plates on your websites? I just ordered a VCI-100SE some days ago. (still waiting for it to come lol)You should consider having some of those on your website. (the “Ean Golden” plates)I wo#1u&d82l7;ve bought 1..
 
9/8/2013 14:31:49
LUIZ AUGUSTO VICTORINO ALVES CORRÊA
Parabéns pelas dicas e recomendações.
 
20/2/2012 15:38:33
FERNANDO ZANFORLIN
Donato, certíssimo essas coisas, quando viajo com a Cecília, ela já aprendeu "os importante", sabe tudo,(quase) só não sabe pilotar. Deixo algumas tarefas para ela, por exemplo a programação da rota no GPS e as paradas, a limpeza dos espelhos, coisas que a faz sentir parte importante, como é a primeira que desce, ela escolhe o local de estacionar com cuidado, Bem, a sua bagagem é o problema, na última queria levar e levou um sapato de salto alto para um jantar em Genebra, e um vestido bacana. Na hora perguntou posso ir de havaianas? O sapato foi e voltou sem uso. mas não importa nada, o legal é a companhia e as risadas.
 
27/1/2012 19:13:43
ROGERIO MORAES
Muito bem colocado, esses cuidados são muito importantes para que se tenha um passeio seguro e a mudança de dirigibilidade muda bastante quando estamos com garupa, más uma coisa eu garanto depois que acontece um entrosamento entre o garupa e o piloto fica muito mais seguro aí é só aproveitar o passeio bem avontade... forte Abraço, Don! e a Esposa também é claro!!
 
27/1/2012 18:35:12
MARCELO VORCARO
Amigo Donato,
Viajar com as esposas sempre e um prazer, ainda mais na "pendura", como diz os amigos portugueses. De vez enquanto, viajo com a minha aqui por perto de BH, Ouro preto, Tiradentes, Diamantina, lugares ao gosto das ladies. Na ultima viagem que fiz, 10 mil km na Europa, se não tivesse uma van com o resto de minha família, ia dar divorcio. Minha mulher quase morreu de calor na Andaluzia, e de frio nos altos pirineus e Alpes italianos. Fora a chuva que teimou em me acompanhar na travessia da Alemanha, do Sul ao norte. Dos 10 mil km rodados, minha esposa me acompanhou em mais ou menos, 1000 km. Mas nas cidades e nos passeios, sempre esteve na garupa. Acho mais seguro viajar sozinho. Depende muito do humor feminino, porque tem dias que elas nem querem saber de subir na moto para viajar tão largas distancias. Como voce bem disse , tem que haver um planejamento minuncioso para evitar transtornos. Portanto amigo, em meu caso, viagem com esposa na garupa, só em tiros rápidos. Valeu pelo post, vem sempre pra somar
Passando em BH, me avisa pra gente se encontrar.
Um big abraço!!!!
 
27/1/2012 16:57:21
CICERO PAES
Estimado Donato: Acrescentar algo ao seu Post, bem como àquele do Ricardo Lugris, é "chover no molhado". Ambos foram extremamente felizes em suas ponderações e considerações, além de espirituosos. Na verdade, quem tem uma mulher/namorada que o acompanha numa moto, ainda mais em logas viagens, pode se considerar um felizardo. Como do meu estilo, prefiro viajar só, desde que acompanhado (pela esposa).
Parabéns !
 
20/1/2012 10:57:11
MARCIO ALVES ROBERTO
Quem quiser ver a postagem, está até hoje no blog deles (daquintapranove), foi postado em julho de 2009, em julho, e se chama 2 UP by MP. Abçs!
 
20/1/2012 10:55:34
MARCIO ALVES ROBERTO
Donato, é isto aí, viagem solo é uma coisa, viagem com a primeira dama é outra... Já passei aperto com a esposa na garupa, peguei uma frente fria voltando de uma viagem a Minas em junho, quase congelamos! E isto com o equipamento todo em casa... hehehe... Foi bom pra aprender...
Só para enriquecer e lembrar, tem um post da Maria Paula, a cara metade do Lucio Siqueira (Projeto "Da quinta pra Nove", vieram de New York a Ribeirão Preto rodando os dois de moto, uma VStromDL1000 em 2009), muito bom e engraçado, a visão dela, em tom de comédia, de como é ser a garupa em uma longa viagem como a que eles fizeram. Um abraço!
Marcio A. Roberto - Campo Grande/MS
 
20/1/2012 09:11:34
RICARDO LUGRIS
Belo e espirituoso texto, caro Donato. É sempre importante e atual valorizarmos nossas parceiras de muitos kms. Sabes minha opinião sobre o assunto (Garupa, ou co-piloto). Estamos alinhados na atenção a elas. Parabéns e um abraço.
 
19/1/2012 23:18:53
VERA LUCIA GONÇALVES DA SIVA
puxa -vida !!!! ate que enfim alguen pensou na gente (a carona) estou sempre nas estradas com meu marido houvindo voce esta caindo pra esquerda,,,me arrumo e ouço, vc esta caindo pra direita,,, meu DEUS!!! fico quietinha, o tempo todo me policiando pra nao ir nem pra esquerda nem pra direita e ouço vc esta vindo muito em cima de mim,,, kkkkk quando eu vejo que nao aquento mais houvir ele reclamando, falo de uma paradinha pra eu ir ao banheiro,e ouço de novo,,,, mas eu vou aguentar isso apenas mais cinquenta anos porque andar de moto è bom demais.................Donato !!! està de Parabensss !!! por lembrar em nois A CARONA !!! VALEUUUUU
 
19/1/2012 23:08:53
AIRTON DE FREITAS GONÇALVES DA SILVA
realmente , conforme colocado por nosso irmao Donato pra estarmos caronado temos o lado bom, mas temos que mudar nossa forma de pilotar,pois nossa preocupaçao tem que ficar o tempo todo voltada pro carona alem dos ja tradiconais cuidados de cotidiano. acho que està quase tudo colocado pelo Donato e eu acrescentaria o subir e descer da moto, pois ja tivemos caso de amigos que a esposa ao subir acabou por derrubar a moto, pois subiu de forma inesperada, pegando de surpresa o motociclista que acabou por nao suportar aquele puxao pro lado (rsssss) espero poder estar lendo outros artigos do Donato que nos tem dado verdadeira aula de motociclismo em seus artigos.... PARABENSSSSSSSSSSSSSSS !!!
 

Comente

Nome
E-mail
Comentário
Escreva a chave:
RMLS
 abaixo