30/07/2015 - República Checa de Oeste a Leste
Os primeiros dias de uma viagem de moto são sempre um tanto quanto estranhos. Como diz o velho ditado popular: é andando de carroça que as abóboras se acomodam... E tambem a bagagem, a carga e o corpo do motociclista.
Para uma viagem que deve durar quase 5 meses, apesar do esforço em ser exíguo e frugal no guarda-roupa, há sempre uma variedade excepcional de itens a serem levados, incluindo um jogo de pneus de reserva para ser instalado em plena Sibéria.
Calculo que o jogo atual, novo, vai durar uns 12 mil kms, ou seja, não vai dar para cruzar toda a Rússia.
A moto está bem pesada mas fico satisfeito em ver que, apesar desse peso, ela permanece bem equilibrada e mantém suas excelentes características de maniabilidade.
Preciso ter cuidado ao manejá-la sem motor e vou ter que prestar muita atenção onde ponho a roda quando chegar as estradas não asfaltadas.
Deixei minha casa com a moto pesada e a alma leve.
A temperatura, amena e o belo dia ensolarado convidavam a rodar.
Lancei-me nos primeiros 700 km para ir jantar em Kassel, no centro da Alemanha onde vive um grande amigo e também motociclista, Andreas Blass.
Jantamos juntos em um bom restaurante espanhol e terminamos colocando nossas notícias em dia acompanhados de um bom schnapps de pera.... para melhor dormir, evidentemente.
Aproveitei a manhã em Kassel para instalar as bandejas de proteção do motor da BMW e continuei meu caminho rumo à fronteira da República Checa, com uma breve escala na belíssima Dresden, uma das mais belas cidades barrocas no mundo inteiro, apesar do bombardeio aliado que a devastou na noite de 12 de fevereiro de 1945.
19 graus, sol e a expectativa de uma longa viagem. Uma fórmula para se sentir mais do que bem, sem dúvida alguma.
Ricardo Lugris |
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Ricardo Lugris |
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