Rotaway Brasil Independência

Dia 74: 19/11/2012

Hoje foi complicado arrumar a bagagem. Acho que até de pensar doía o braço.

A BR-293 é muito boa, só os postos de gasolina que não são muito frequentes. Para abastecer eu entrava nas cidades. A média do preço da gasolina foi de R$2,90. Notei que a média de consumo passou para 24km/l e isso não estava me deixando feliz, pois não entendi porque andando bem mais devagar, a moto consumia mais.

Quando cheguei a Dom Pedrito, pensei em "entregar os pontos". Mesmo com pomada e remédios, eu não estava nada bem. Mas como era cedo ainda, resolvi continuar aos pouquinho e ver até onde conseguia chegar.

Para piorar a situação, me confundi nas informações que tinha: achei que o amigo Ari morava no Chuí (até agora não sei como fiz isso). Ele me ofereceu médico, estadia, tudo, por isso achei melhor fazer o possível para chegar lá e poder me tratar corretamente. Então tentei parar menos, pois cada vez que parava era muito sacrifício colocar a moto de pé de novo. Passei batido por Bagé.

Em Pinheiro Machado combinei de parar um pouco em Pelotas e depois seguir. Alí começou a chover uma garoa fina que refrescava um pouco.

Antes de Pelotas parei num posto de gasolina. Ali vi que tinha recebido mensagens no celular. Uma era do Ari me falando que o Paulão iria me encontrar no posto de gasolina tal antes de chegar na cidade. Coincidentemente era lá mesmo.

Logo avistei ele. Muito simpático e preocupado comigo, me guiou para seu hotel para que eu pudesse largar minhas coisas. Ele fez de tudo o que podia para que eu pudesse consultar, mas na rede pública, havia uma fila de umas 80 pessoas (sem exageros) e na particular era muito caro.

Por volta das 17:30h, fizemos um lanche no Subway.Lá estávamos conversando e vi a besteira que tinha feito. O Ari mora em Bagé e não no Chuí. Fiquei morrendo de vergonha e, ao mesmo tempo, com raiva da minha memória fraca. Não entendo como fui me confundir tão feio. Liguei para o Ari e me desculpei, mas até agora estou com vergonha.

De lá o Paulo me levou na Berola para eu provar uns doces. Nossa! São muito bons mesmo! Depois fui para casa tomar um banho, descansar e tomar os remédios.

O Paulo é um cara muito gente boa. Mesmo quando ficava bravo comigo, eu sabia que era para o meu bem. Gostei muito dele. Amigo para toda hora. Espero um dia reencontrá-lo e poder retribuir a hospitalidade.

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