Rotaway Brasil Independência

Dia 63: 08/11/2012

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Me despedi dos meus novos amigos Magnum e Rúbya e segui rumo a Cascavel pela BR-163. Uns 640km pela frente e muita disposição para enfrentar a estrada que prometia muitos caminhões e retas com campos por todos os lados.

Quando eu estava a 100km de Campo Grande começou uma dorzinha chata na canela da perna direita e resolvi parar um pouco num posto de combustíveis. Fui ao banheiro, peguei um café, conversei com um frentista. Quando estava abastecendo para ir embora, vejo passarem na BR seis pessoas em suas motos. Até falei e comentei com o frentista: "Enche rápido aí que quero ver se alcanço aquele pessoal". Mas claro que como eles estavam com alguns minutos de vantagem e com motos bem mais potentes, rodei uns 50km até me convencer que seria muito difícil de alcançá-los.

Reduzi e voltei ao meu ritmo mais lento como estava seguindo ultimamente. Rodei quase 100km a mais até que começou a chover fraco. Com o calor que estava, nem pensei em colocar a capa. Queria mais é me molhar para ver se refrescava um pouco.

Mais um pouco e vejo ao longe numa daquelas retas, o grupo que eu havia avistado antes no posto. Eles estavam no acostamento colocando suas capas de chuva. Como eu não sabia se eram pessoas legais, achei melhor só encostar próximo, mas não desci da moto, só ergui a parte dianteira do capacete e perguntei se estava tudo bem. Todos eram chilenos e estavam passeando pelo Brasil. Como meu espanhol não é grande coisa, achei melhor me despedi e seguir em frente.

A estrada estava muito boa e não tinham tantos caminhões quanto eu esperava.

Numa rotatória, consegui a proeza de pegar o caminho errado, mas em questão de menos de 3km percebi (não sei como) que aquele caminho não parecia o correto e retornei e acertei o rumo.

Mais adiante vi que precisava abastecer e logo apareceu um posto. Quando entro lá, vejo que os amigos chilenos estavam dando um pit-stop. Daí sim fui tentar conversar com eles.

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Muito bacanas, se apresentaram, tiramos fotos e insistiram para pagar a minha gasolina. No fim das contas eu (também não sei porque) não aceitei, mas eles explicaram que é costume no país deles fazer isso quando encontram outros viajantes.

Falaram que estavam indo para Foz do Iguaçú e me convidaram para ir com eles até Marechal Cândido Rondon onde eles pegariam a estrada em direção a Santa Helena. E eu resolvi ir, não tinha nada a perder, pois apesar de viajar sozinha, as vezes é bom ter companhia. Porém expliquei que eu talvez não conseguisse acompanhar o passo deles já que estavam com motos bem mais potentes que a minha, mas disseram que eles andavam devagar.

E assim fomos e eu respeitei o ritmo deles, que não pararam sequer para algum lanche. Quando passávamos por povoados ou cidades, era legal como cada um deles "relaxava" na moto aproveitando a baixa velocidade. Ou andando em pé, ou esticando as pernas, etc. Só ficava apreensiva as vezes por eles andarem em fila indiana, pois considero perigoso.

Eu sempre tive a neurose de achar que o pneu de trás está murcho (acontece uma ou duas vezes por semana) e aconteceu isso de novo. Fiquei com vergonha, mas não aguentei e fiz sinal de que iria parar. Calibrei os pneus e vi que estava tudo certo, que só era coisa da minha cabeça e seguimos após uma conversa e trocas de endereços de e-mail e telefones.

Logo depois chegamos até o cruzamento e nos despedimos. Foi bem legal. Adorei andar com o Alberto e o resto do pessoal.

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Segui por Toledo até chegar a Cascavel. O Júnior Pires já havia me explicado onde eu deveria encontrá-lo. Foi fácil dessa vez.

Assim que cheguei no posto de gasolina dentro da cidade, ele apareceu. Cara muito simpático, me guiou até o hotel Plaza (www.plazacascavel.com.br) oferecido pelo amigo Sandro. O Júnior voltou ao seu trabalho, enquanto isso fui tomar banho e arrumar minhas bagagens.

Como estou sempre perdida nos fusos horários, acabei me atrasando para me encontrar com o amigo Ademir Fragoso que me levou para jantar uma ótima pizza em companhia do Júnior e outros amigos.
Foram ótimos momentos de descontração.

Após muito comer, fui com o Ademir até o bar do MC Abutres. Música ao vivo, com repertório bem eclético.

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