Dia 55: 31/10/2012
O dia de hoje foi uma comédia. Após alguns eventos bem chatos que aconteceram (e que fiquei sabendo ontem), minha gastrite (de estimação), não estava lá muito boa. Me acordei já com dor de cabeça.
Tomei remédio e tal, mas não resolveu, mas como tinha que chegar a Rio Branco hoje, fui assim mesmo.
A uns 20km da cidade, já vi que precisava ir urgentemente a um banheiro, mas o legal é que nessas horas, não se encontra nenhum. O jeito foi parar na polícia rodoviária e implorar por caridade (risos).
Chegando ao banheiro, abro a porta e lá está um enorme cachorro bem deitado ao lado do vaso. Tentei espantá-lo de todas as formas possíveis, mas sem sucesso. Foi então que tive a "maravilhosa" idéia de empurrar ele com o pé. Ele ficou muito bravo, se levantou e mordeu minha perna. A sorte é que pegou bem na proteção da calça e não me machuquei.
Problema resolvido, peguei a moto e segui. Estava me sentindo bem ruinzinha. A vontade era de parar em alguma sombra e ficar lá até que melhorasse.
Antes de sair de Porto Velho, enchi o tanque e calibrei os pneus. O plano era abastecer mais duas vezes antes de chegar na balsa, mas como meu dia recém estava começando, ainda havia tempo para acontecer outras zebras.
Passei por alguns trechos onde o asfalto inexistia.
Depois de Porto Velho, o primeiro posto que havia estava fechado. Nada de pânico, pois ainda havia gasolina suficiente para chegar ao próximo. Pânico aconteceu quando o segundo posto estava sem luz. Aí sim tive que dar risada e me preparar para o pior. Logo a gasolina acabou.
Como tudo tem um lado bom, não haviam subidas e descidas por lá, era tudo plano, isso ajudou muito nos quase 2km que tive que empurrar a moto sob aquele sol escaldante e morrendo de medo que aparecesse algum bicho.
Foi então que cheguei a uma vila. Não pensei duas vezes e sai pedindo por gasolina nas casas. As pessoas estavam bastante desconfiadas, achavam que eu era da polícia (e convencer do contrário...).
Até que consegui 2 litros da gasolina mais cara da minha vida: R$5,00, mas eu não estava em condições de negociar muito. Com isso, pude ir até a balsa. Travessia tranquila.
Depois foi só rodar poucos quilômetros até encontrar gasolina e encher o tanque.
Chuvinha básica em alguns pontos, mas foi bom para refrescar, nem coloquei capa de chuva.
Ainda estava cedo quando cheguei a Senador Guiomard/AC, onde fui recebida pelo Paulo Navarro e pela Arlete. Mais tarde se juntaram a nós outros amigos e foi feito um delicioso churrasco!
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