SEM COMBUSTÍVEL PELO CAPRIVI
Por
Eduardo Wermelinger Depois que saímos do Lodge no Okawango Delta em direção a Katima Mulillo, não tínhamos outra escolha a não ser seguir para leste rumo a fronteira com a Zâmbia. Ali combinamos de atravessar um trecho off road pelo território de Angola para explorar um pouco a região, mas sem sucesso, pois a informação quanto a localização do controle de migração para Angola não constava na cartografia do GPS .
E assim fizemos. Continuando na Trans-Caprivi esperávamos encontrar algum posto de combustível para reabastecer as nossas motocicletas. Já tínhamos superado a margem de segurança de autonomia das GSA, não por descuido e sim por mais uma vez não constar dados no mapa que assinalasse algum posto. Então estávamos prestes a ficar com pane seca e a questão era apenas matemática: quilometragem e consumo.
Embora a Trans-Caprivi seja uma grande reta, não é cansativa, a paisagem muda a cada Km. A vegetação ia ganhando dimensões de espécies diferentes na medida em que íamos avançando para o leste.
Era muito comum visualizar placas com indicativos para que os motoristas tomassem cuidado com os elefantes. Marcelo estava com uma grande expectativa em fotografar um elefante ao lado de uma BMW GSA. Tinha comentado que já tinha visto muitas fotos de elefantes próximos a motocicletas, mas de outras marcas.
Topei a sugestão do Marcelo e comecei a atentar-me aos indícios no piso de alguns sinais como pegadas, fezes e árvores recentemente quebradas que pudessem nos indicar a presença destes animais gigantes.
Na verdade, só tinha visto um pequeno elefante já na Namíbia e, mesmo assim, um pouco distante. Após uns 100 km, lá veio à surpresa: um elefante parado à beira da estrada.
Não era muito grande, mas no tamanho suficiente para registramos a nossa primeira imagemSabíamos que ainda tínhamos muitos quilômetros pela frente e, além da autonomia estar comprometida, poderíamos pegar o anoitecer na estrada, o que não seria nada aconselhável à noite para qualquer veiculo, ainda mais para duas motocicletas.
Depois de já termos andado umas duas horas, sempre no máximo a uns 70 km/h para economizar gasolina, surgiu um posto de combustível.
Ainda era dia e como nos restavam mais uns 130 km até Katima Mullilo, veio o ar de tranquilidade e esperança de conseguirmos chegar ao nosso destino antes do anoitecer e, com combustível, certamente o ritmo da velocidade iria aumentar.
Mas naquele momento outro problema estava por começar: o oportunismo do ser humano.Como não tínhamos ainda feito câmbio para o dólar namibiano, ao tentar abastecer, veio a surpresa: no posto de combustível os frentistas não aceitavam qualquer cartão de crédito ou outra moeda que não fosse da Namíbia.
Ali próximo à bomba de abastecimento, havia três homens em um carro estacionado. Ao perceberem a nossa dificuldade e, principalmente o quanto precisávamos do combustível, em um tom sarcástico disseram que poderiam ajudar cambiando dólares americanos pelos dólares namibianos, resolvendo o nosso problema. Mas não foi bem assim. O deságio de conversão era algo discrepante, em uma proporção que o nosso dólar americano passaria a valer uns 80% a menos. Interpelei Marcelo já com os dólares americanos em mãos, pronto para aceitar as condições impostas, tentando com estes homens um deságio, que no mínimo fosse o dobro do valor por eles oferecido, e, mesmo assim, ainda iram levar muita vantagem nesta operação. Neste instante o interlocutor chegou aceitar a minha contra oferta e na hora de trocarmos as moedas, o outro homem na mesma hora disse que não.
O interlocutor disse-nos que somente estaria “tentando nos ajudar”. A sua expressão não escondia a sua intensão de explorarmos ao máximo possível diante nossa dificuldade.
Realmente era um momento difícil, nem tanto por causa do valor que estes homens queriam nos pagar pelos dólares americanos, pois pouco afetaria o nosso orçamento, mas o prazer em nos “roubar” era como se fosse uma satisfação para estes “homens de boa vontade”.
Disse para o Marcelo que não iria contemplá-los com este sabor de quererem se aproveitar da situação a qual nos encontrávamos, e permitir que nos explorassem como bem quisessem, e ainda sob o argumento que “somente estariam ali para nos ajudar”. Preferi escutar meu íntimo, e tomar uma outra decisão.
Aí a estratégia tinha que ser posta em prática, e o nosso problema se tornou uma questão matemáticaFatores: Distância, Consumo e Tempo. Ainda nos restavam uns 120 km do nosso destino. Certamente as motocicletas iriam enguiçar por falta de combustível. E a noite chegaria, o que elevava muito o risco de transitar por aquele território em razão nos animais na estrada.
O que tínhamos em dólar namibiano foi o troco de um hotel que pagamos em dólar americano, o que caberiam nada mais que cinco litros para a distância a ser percorrida. E assim fizemos. Abastecemos somente a minha motocicleta, já sabendo que a motocicleta do Marcelo não teria combustível suficiente, e quando houvesse a pane seca, eu iria rebocá-lo.
Depois de uns 30 km rodados, Marcelo enguiçou. Ainda tínhamos uma claridade na pista do entardecer. Como já precavido de alguma necessidade de termos que rebocar um ao outro, um cabo com uns 10 metros estava em nossa bagagem.
Amarramos as motocicletas e andamos uns 100 km na condição de reboque. Eu ali tinha outra questão a administrar: o consumo, pois tinha ciência que a autonomia iria diminuir. Mas deu tudo certo.
Chegamos um pouco mais cansados, mas com a alma aliviada por não termos compactuado com estes oportunistasEduardo Wermelinger _______________________________________________________________________________________
Comentários de
Marcelo ResendeAssim que terminamos de colocar na moto do Eduardo toda a gasolina – 5 litros – que os nossos poucos dólares da Namíbia permitiram pagar, propus ao jovem frentista dar a ele US$10.00 por 5 litros para a minha moto, que já estava praticamente sem gasolina. Isso reduziria a chance de ficarmos sem combustível nos próximos 120km.
Ficar sem combustível à noite, com um pouco de chuva e bem no meio do Caprivi, região que tem uma vida selvagem muito intensa, definitivamente não seria uma boa idéia e os riscos seriam efetivamente muito elevados.
O frentista não tinha noção dos valores de câmbio do dólar americano para o dólar da Namíbia. Assim, me indicou trocar os dólares com um homem que nos observava a poucos metros e acompanhava a nossa complicada situação.
Ao abordá-lo, ele se propôs a cambiar os US$10.00, mas ao me informar a quantidade de moeda local, percebi que ele estava nos cobrando o dobro da taxa normal.
Questionei, mas não estava preocupado com isso e iria fazer o câmbio, pois era muito pouco dinheiro e resolveria nosso problema de gasolina.
Nesse momento chega o Eduardo, sempre sorridente e comunicativo. Quando informei a taxa injusta, ele assumiu a negociação e tentou conseguir algo mais justo, sem sucesso. O homem foi muito claro que ele não precisava fazer o câmbio e que quem estava precisando éramos nós.
Aí vi, pela primeira vez na vida, o Eduardo ficar bravo. Não foi rude, mas ficou furioso com o oportunismo do cara. E disse para eu não fazer a troca, pois achava absurdo dar dinheiro para aproveitadores.
Assim como eu, tenho certeza de que o Eduardo, vendo situação semelhante, abasteceria o tanque dos motociclistas, não cobraria nada por isso e desejaria boa viagem. Mas não podemos esperar que o comportamento dos outros seja igual ao que teríamos.
Assim, não trocamos os US$10.00, não abasteci a minha moto e seguimos, certos de que ficaríamos sem combustível em um lugar efetivamente desaconselhável.
Enquanto pilotávamos lentamente para poupar combustível, eu refletia sobre a situação. E foi quando a gasolina da minha moto acabou e ainda faltavam quase 100 km para o próximo provável abastecimento.
Peguei uma fina corda de nylon que levei para imprevistos e amarrei o protetor de motor da minha moto no bagageiro da moto do Eduardo. A corda era muito fina e poderia não dar conta da carga, mas o Eduardo foi pilotando com todo o cuidado objetivando não arrebentá-la, não me derrubar e economizar os 5 litros de gasolina da moto dele que teriam que ser suficientes para percorrer 120 km.
Rebocado por quase duas horas, vi a chuva parando, apreciei pelo retrovisor um pôr do sol maravilhoso e, mesmo com a ansiedade com a gasolina do Eduardo, refleti sobre tudo que havia acontecido ali.
Naquele momento, nós dois que, apesar de amigos, nunca havíamos viajado mais que 50 km juntos de moto, estávamos verdadeiramente formando uma equipe.
Mesmo não concordando inicialmente com a decisão do Eduardo, o apoiei, ainda que tendo certeza de que eu ficaria sem combustível em um dos lugares mais selvagens da África. Isso é verdadeiramente confiar no seu parceiro.
Também estávamos confiando plenamente nos equipamentos, considerando que o consumo seria muito contido com a pilotagem mais lenta. E, mesmo sem termos testado, tivemos que confiar no fino fio de nylon que me rebocava.
O Eduardo, por sua vez, pilotou com uma suavidade cirúrgica para não romper o nylon e não ficar sem combustível.
Por fim, chegamos a um posto de gasolina que também não aceitava cartão de crédito, mas onde o frentista trocou com toda boa vontade os nossos dólares com uma cotação mais justa. Enchemos os tanques e seguimos para procurar alguma comida e lugar para dormir.
Terminamos o dia bem cansados, mas tivemos a certeza que de não tínhamos sido coniventes com aquele aproveitador, ainda que assumindo o risco considerável.
Não interessava o pequeno valor dos US$10.00, mas sim o valor do comportamento das pessoas. Se aquele era irrelevante no montante final da nossa viagem, este não poderia ser preterido em hipótese alguma.
Naquele momento, efetivamente nascia uma verdadeira equipe:
CONFIANÇA; RESPEITO ÀS DECISÕES DO OUTRO, AINDA QUE DIVERGENTES ÀS QUE SERIAM AS SUAS; OPORTUNIDADE DE APRENDER E REAFIRMAR VALORES.
Marcelo Resende_______________________________________________________________________________________
EDUARDO WERMELINGER Amigo Marcelo. Quero ser o primeiro a postar neste artigo, não só para contemplar a sua amizade e os seus valores,
bem como, pedir publicamente as minhas desculpas por uma decisão isolada naquele momento.
Um abraço com muito respeito a sua pessoa.
Eduardo Wermelinger
Comentários (50)
14/12/2014 12:04:57
ZENIRA RAMOS
Linda essa história de vocês.
Uma grande prova de amizade e companheirismo, fortalecendo ainda mais a confiança entre vocês.
Parabéns Edu, e ao Marcelo também pela aventura.
Um grande abraço votos de um Feliz Natal! e um Ano Novo repleto de realizações.
Com carinho,
Nira
3/3/2012 12:00:43
MARCELO ARAUJO
show de bola!....uma coisa me entrigou...uma moto esta com a almofada no banco e a outra nao....algum de wcs dois tem o bumbum duro heim!....rs.
10/1/2012 21:03:04
EVERARDO CALMON
Edu e Marcelo! Amigos, vocês são uns alucinados!!! rs
Também, é alucinante eta aventura.
Parabéns aos dois, e belíssimo exemplo de companheirismo e confiança.
Abraços
7/1/2012 21:56:42
BETO SARAIVA
Isso separa as pessoas das bobagens que a gente vê na vida!Confiança no companheiro. Bonito!! Abraço
6/1/2012 00:33:38
DANI KARNOPP
Salve Edu!!!!
Viu ó!! tenho razão em dizer:"tu é o cara"!
Mas o pior foi aquela pane seca que,com a moto em cima da camionete!!!! hahahahahahaha
Abraço!!
28/12/2011 00:34:20
JEFFERSON KLEBER FORTI
Sem dúvida o espírito de equipe manifestou-se, respeitar a decisão do outro pressupõe segurança para seguir adiante. Nesta jornada desconhecida, a única certeza concreta que vocês devem levar é a confiança um no outro. O laço desta amizade vai se fortalecendo a cada quilômetro rodado sem gasolina. Sigam em frente!
Um grande abraço
27/12/2011 16:00:09
FLORIANO OLIVEIRA
NÃO EXISTEM OBSTÁCULOS INTRANSPONÍVEIS PARA AQUELES QUE ACREDITAM NA VITÓRIA. BOA VIAGEM!
26/12/2011 18:23:00
BENEDITO J P TARABORELLI
Decisão complicada e dificil! O mais importante foi a confiança no parceiro de viagem!!!
Um dia de SP a Brasilia, tive um problema em um posto proximo a cidade de Formosa GO, so estava com cartao e o cara para aceitar pagamento com cartao me cobrou o dobro do preço da gasolina para minha GS, estava com problemas no GPS e não sabia se tinha posto proximo!!! Com pouco mais de 20km para percorrer, resolvi não abastecer e, em menos de 10 Km encontrei um posto BR onde sanei o problema!!!
Agora em um outro continente e nas circunstancias da estrada, essa decisao foi show de bola!!! Mais todo cuidado e pouco!
26/12/2011 08:29:15
BRANCO UBERABA MG
Não importa o valor, decisão foi correta, parabéns.
Continuem assim, vai dar tudo certo, boa sorte e fiquem com Deus.
25/12/2011 20:49:20
MARCELO ARAUJO
Ola Eduardo e Marcelo,
esta decisao ja nao seria facil no nosso territorio e em outro continente desconhecido entao nem se fala, mas acima de tudo o importante foi o sentimento de cumplicidade e confianca que surgiu entre vcs e isso faz toda a diferenca.
Abr,
Marcelo Araujo
25/12/2011 19:52:33
JOÃO CARLOS ABDO FADEL
Amigos, primeiramente, não tenho moto. Mas gosto de fazer 4x4 com minha Lan Rover, e sempre pego umas dicas com o Eduardo. Mas quanto a esta situação, realmente dever ser analisada com muito cuidado. Por um lado, não ser conivente com o oportunismo e falta de caráter, e por outro, colocar em risco a si próprio e o parceiro de viagem. Mas vejam, conheço o Edu há mais de 20 anos, e o cara é de uma determinação exemplar, e pela sua índole, mesmo podendo não ser a melhor decisão que viesse a lhe trazer benefícios ou soluções naquele momento, não iria concordar com qualquer imoralidade por menor que fosse. Abraços. Fadel
25/12/2011 16:25:12
GUILHERME
Decisão difícil, mas se tratando de valores não há o que questionar! E outra: parceiro é parceiro! Algo difícil de se conquistar nos dias de hoje. Parabéns amigos!
24/12/2011 23:54:41
RICARDO PACOTE
Edu e Marcelo, sensacional.
Uma vez escutei do Eduardo a seguinte frase: "tudo torna-se mais fácil ou difícil, na medida em que as projetamos".
É isso aí! Fé e determinação.
Abs. Ricardo Pacote
24/12/2011 19:27:35
RODRIGO GALANTE
Vcs são demais! Aproveitem o resto da viagem e voltem em segurança com mais histórias e muitas fotos. Feliz Natal!
24/12/2011 16:47:44
MARCIO ALVES ROBERTO
Eduardo & Marcelo, realmente foi uma decisão difícil! E tbm não sei se faria o mesmo que o Edu, mas faria sim o mesmo que o Marcelo, respeitando a opinião do parceiro e amigo de viagem. Enfim, são nestas horas que o caráter aparece, que as relações humanas se estreitam, e que nascem as amizades verdadeiras. Um grande abraço e um Feliz Natal a todos! E muitas viagens em 2012!
24/12/2011 13:09:27
DOLOR
Desejo ótima viagem, parabenizo-os pela coragem da decisão tomada, que não estou seguro, se teria feito o mesmo.
De qualquer maneira deu certo e isto é o que vale!
Quanto a nós, estamos em Calafate, onde passaremos o Natal e daqui seguiremos para completar a nossa terceira viagem entre os extremos, aqui por estas bandas, de Prudhoe Bay a Ushuaia.
Nos veremos e aproveitamos para desejar um Feliz Natal!
Abraços
Dolor e Angela
www.fazedoresdechuva.com
24/12/2011 12:50:31
JAMES CARDOSO
Hahaha, valeu a pena por ver o Eduardo bravo, é o famoso "fio do bigode", tem certas atitudes que são intoleráveis, principalmente para nós brasileiros, tão acostumados com tanta sacanagem, não importa se 10 ou 1000, o que vale é não participação! Nessas horas, nosso anjo da guarda fica feliz, e todo o Cósmico conspira a nosso favor, Parabéns Eduardo&Marcelo!
24/12/2011 11:58:46
LUCIANO BOMFIM
Eduardo
Tive um prazer de conhecê-lo na Euroville em BH, quando eu estava comprando uma GS. Lá já me surpreendi agradavelmente com seus conhecimentos e disposição para viagens.
No início deste ano fiz uma viagem do 10450 KM, no clássico roteiro Argentina x Chile x Argentina x Uruguai , voltando até aqui na Bahia. Fomos dois casais em duas motos. Surgiram momentos que tivemos que tomar decisões que poderiam dá problemas, felizmente, no final estávamos certos. E se não estivessemos?. O importante é a divisão de responsabilidades, sem a imposição. Neste caso, apesar da proposta de não se curvar à extorsão, ter sido de Eduardo, Marcelo compartilhou da idéia, assim ambos assumiram os riscos, calculados. Boa Viagem para vocês. Feliz Natal e um 2012 com bem mais aventuras e menos aproveitadores.
24/12/2011 11:03:24
JORGE CANCELLA
Caros amigos, meus parabéns!
Realmente esta foi uma situação difícil mesmo! Não sei se teria escolhido a decisão mais fácil ou não; mas de qualquer maneira a sensação de "oportunismo, prepotencia, etc.", do "local" foi subjugada, talvez por um preço bem maior, mas com certeza a sensação de não "entregar o ouro aos bandidos" não tem preço!
24/12/2011 07:06:03
VICTOR HUGO CALAZANS
Amigos Eduardo e Marcelo.
Li este texto algumas vezes, e cheguei as seguinte conclusões:
1) Por mais que hajam divergências, a todo instante o respeito entre vocês foi preservado,
2) O valor a moralidade, não se submetendo a extorsões, por mais que insignificante fosse o valor financeiro,
3) Não foi uma decisão emotiva, embora o calor dos ânimos, permitiu analisar, calcular e colocar em prática a estratégia da autonomia,
4) Como bem disse o Marcelo, tiveram a oportunidade de aprender e reafirmar valores,
5) Vocês tem uma coragem e disposição notável.
Parabéns pela viagem e por este incrível relato que nos faz refletir sobre muitos aspectos em nossa vida.
Um fortíssimo abraço.
Victor Hugo
23/12/2011 23:10:18
DORIVAL MODOLON
quando decidimos fazer uma viagem longa temos que aceitar a decisão de ambos os componentes vcs estão fazendo o correto desejo a vcs uma otima viagem que deus o abençoe.
23/12/2011 21:49:54
JOAO MARCIO GARCIA
Ô Marcelo, vou te dar um conselho. Vc conhece aquele ditado de quem anda com morcego acorda de cabeça prá baixo ?
Com o Eduardo é a mesma coisa; não vai muito atras dele nao pq o cara tem no minimo uns 5 parafusos a menos, qualquer dia vc vai acordar abraçado com um jacaré. O Dudu é o maior fio desencapado que eu conheço ... Cuidado e boa sorte, acho que vc ainda pode precisar
Abcs JM
23/12/2011 21:38:53
EDSON LUIZ SIONEK
BIG Eduardo e Marcelo, nota mil, pra vocês.......boa viagem...siga adiante....edson sionek
23/12/2011 21:36:58
RONALDO MESSIAS
incrivel ,mas tristemente e verdade,,,o ser(humano)muitas das vezes fazem coisas que e impossivelde descrever ,,,nem todo irmao e motociclista ,mas todo motociclista e irmao......feliz natal e prospero ano novo ,,,um motoabraco a todos os motociclista do brasil e do mundo..fica com DEUS..........................
23/12/2011 20:58:40
DIÓGENES VOLTA FEITOSA
Realmente só quem fez algo parecido aquilata o desconforto de quem enfrentou tal adversidade. Em 1993, pilotando minha PD 1990 rumo ao Canadá findou meu combustível no alto dos Andes peruanos (no trecho de terra) a caminho de Arequipa, visto que vinha de Machu Picchu. Não fosse os habitantes de uma reserva indígena fornecer a gasolina "estaria lá até hoje". O mesmo sucedeu quando a caminho de Detroit condu-zindo meu Ford 1952 a convite da Ford, para participar do 1º Centenário da Ford Motors, furou o tanque de gasolina do dito veiculo no alto dos Andes Hondurenhos. Mas, como sempre acontece aparece uma boa alma para ajudar aquele que aventura e que cedo madruga.
Obs. Falando em rebocar, em 1963, em duas lambretas com garupa fui a Franca cidade na época a 100 Km de Ribeirão Preto. Estrada totalmente no famoso areão. Na saída de franca queimou a vela da lambreta do meu companheiro. Era Domingo, chovia e fazia frio. Como sempre fiz e faço, levava uma boa corda de sisal. Não tive dúvida reboquei o companheiro por 90 km. noite a dentro até Ribeirão. Peguei um baita resfriado, mas o companheiro não ficou lá pela Franca do Imperador como por lá dizem.
Recebam, pois os eminentes motociclistas Wermelinger e Rezende, meus mais sinceros e efusivos cumprimentos pela maravilhosa e corajosa empreitada. Informo ainda que: possuo a GS-100 PD 1990, agora com já 150.000,00 bem rodados e sem mexer no motor.
Desejo aos dois um feliz Natal e um prospero ano de 2012 repletos de viagens, pois, do alto dos meus 68 anos de vida entendo que assim como houve a hora de começar em 1962, já é a hora de parar em 2012.
Ribeirão Preto 23 de Dezembro de 2011
Abraços
Diógenes Volta Feitosa
diogenes@irbo.com.br
23/12/2011 20:30:36
R. MECCA
Não creio seja necessário relembrar as inúmeras postagens do Eduardo nas diversas viagens feitas por ele. Certamente, elas mostram um motociclista experiente e determinado, desde o projeto à execução dos planos. Qualidades ímpares e fundamentais para viagens como a atual. Pilotar por tantos kms ao lado de um piloto com tal envergadura, deve ser uma honra para o Marcelo como para todos nós, quem sabe, um dia.
Não há muito o que comentar sobre a decisão de não compactuar com os desclassificados, independentemente do valor a ser cambiado, afinal sabemos o final da história. Caso tivesse diso diferente, com dificuldades difíceis de serem analisadas à luz da matemática, os prós e contras estariam invertidos neste forum. Assim, cumprimento a ambos pela fraternidade confiante com que encararam a situação, esperando que em situações futuras, as análises não sejam emocionais, mas muito racionais, por conta da integridade física e da vida de ambos. Grande abraço, ótima continuidade dessa fantástica viagem e recebam todos deste forum, os meus votos de um felicíssimo Natal e excelente 2012!
R. Mecca - Monte Cristo MC - Aquecendo a 1150GS para Ushuaia em 05/01/2012.
23/12/2011 20:13:53
JULIO ALBERTINO
Waltinho Aragão, só podia ser você mais uma vez querendo polemizar! Cara, a questão não é a grana, mas sim, alimentar esta mal que cada vez mais corre a humanidade.
Vai tomar seu uísque, e pare te arrumar confusão lá no iate clube! rs. Pra te acalmar, um beijo para você Waltinho!!!
Abração ao Edu e Marcelo! Parabéns pelo relato, e o mútuo respeito entre as divergências de opiniões.
Quem sabe um dia eu tome coragem e compro uma moto! rs
Feliz Natal!
23/12/2011 20:02:09
WALTER ARAGÃO
Edu, que isso! Você um cara tão vivido, experiente, viajado... Porque esquentar com $10 dólares? Já parou para fazer as contas de quanto gastou? Cara, você só viaja de classe executiva, hotel cheio de estrelas, e se arriscar por $10?! A sua sorte é boa estrela que te acompanha.
Não fique bravo comigo, mas é o que eu penso.
Abraços. Walter (Iate Clube)
23/12/2011 20:00:18
WAGNER LIMA
Amigo Eduardo,
Enaltecer o seu comportamento e caráter já é uma redundância. É ser repetitivo. Quero destacar o companheirismo e a cumplicidade que devem haver entre os apreciadores das viagens e aventuras sobre duas rodas e que você e o Marcelo exercitaram em sua maoir plenitude. Acredite-me, isso é o melhor dessa vida.
Boa viagens aos irmãos de fé motociclista.
Wagner Lima - BSB
23/12/2011 19:45:38
CLAUDIO MENESCAL
Qual é gente! Vocês vão brigar aqui? Que isso, é Natal galera!
Também concordo com a posição do Edu. Se lembram de uma homenagem ao Dia dos Motociclistas aqui no Rotaway? Sim, um simples gesto faz a diferença.
Parabéns aos dois motociclistas!
Menescal
23/12/2011 19:42:46
ALFREDO CARDOSO
Saudações a todos! Sempre visito este site, mas nunca expressei minhas opiniões fazendo qualquer postagem. Mas desta vez não posso me calar. LÓGICO QUE EU TOMARIA A MESMA DECISÃO QUE O EDU! Vocês não leram?!!! Foi uma QUESTÃO ESTRATÉGICA E MATEMÁTICA! Quantos litros vocês acham que seriam abastecidos com 10 dólares???
Edu e Marcelo, valeu! Vocês são pessoas de ATITUDE! É o que está faltando hoje em dia.
Parabéns amigos.
23/12/2011 19:26:45
FABIO AGUIAR PONCH
Concordo com as palavras do Marcelo Vorcaro. Não colocaria em risco a minha inegridade fisica, nem a de qq companheiro de viagem. Naquele momento faria o câmbio e abasteceria as motos.
Sabemos que projetar decisões é completamente diferente de tomá-las no calor da situação.
Parabéns pela viagem fantástica que estão fazendo.
23/12/2011 19:08:07
MARCELO VORCARO
Parabéns pela bela viagem, fotos e relatos. Sigam em paz, estamos aqui na torcida por vocês.
Um grande abraço Edu e Xará Rezende.
23/12/2011 19:05:01
PATRICIA ROQUETTE
Eduardo,
Adorei a foto com o elefante !
As dificuldades nos faz encarar esse delicioso vicio que é viajar em duas rodas.
Parabéns por suas escolhas !
Abraço
Patricia Roquette
23/12/2011 19:04:15
MARCELO VORCARO
Amigos, com todo respeito, discordo da decisão tomada.
Como na guerra e pior, em uma aventura dessa envergadura, jamais se pode dar chance pro azar. Sabemos que 5 litros em uma gsa rebocando, 120 km pode dar pane. Quantas vezes, tive que dar propinas para policiais corruptos. Sei que pelo seu caráter reto, Edu, voce sempre foi contra. Mas arriscar em ficar sem gasolina, a noite, em um lugar desconhecido e com animais selvagens e loucura. Faria o cambio desonesto, mas seguiria sem riscos. Aventura e Aventura, temos que nos sujeitar a acontecimentos como este, pois existem km a serem cumpridos e por causa de pessoas mesquinhas e desonestas, não podemos nos dar ao luxo de em certos momentos, não sermos explorados. Eu faria o cambio e colocava na conta do prejuízo, mas não correria riscos.
23/12/2011 18:57:32
ROBERTO CALDAS
Prezados Eduardo e Marcelo!
Um exemplo que vocês dois deram, na determinação, de coragem, inteligência e sabedoria.
O Rotaway tem que organizar viagens como esta, a fim de que possamos desfrutar destes outros lugares inusitados. Sera uma experiência imperdível.
Abraços e feliz Natal para todos, e que em 2012, tenhamos muitas aventuras pelas estradas do mundo.
Caldas
23/12/2011 18:25:59
PERSIO PINHEIRO
Eduardo e Marcelo, eu teria feito o mesmo ! infelizmente o bicho mais perigoso que voces podiam encontrar naquela estrada era o ser humano que quis aproveitar da situacao !
que bom que voce estao bem !
Grande abraço, feliz Natal, boa viagem e um excelente e aventureiro 2012 !
obs. Eduardo, tive o prazer de te conhecer no curso com a motoexplores/moto atacama em Itu....um abraço especial para você
23/12/2011 17:45:52
PABLO GUILHARNO
Caramba! Vocês são os desnorteados sem noção!!! Muito doidos, mas nota 1000! Show, mas muito show!!!
23/12/2011 17:42:29
PAULO SABÓIA
Amigos que não os conheço, mas assim os sinto. Belo exemplo de perseverança, determinação, dignidade, humildade e companheirismo. Motociclismo é tudo isso!
Parabéns a dupla Eduardo e Marcelo. O brasileiro de uma forma geral, tinha que se espelhar neste exemplo, para que possamos levar aos nossos filhos e futuras gerações, a esperança de lutar por um consenso de justiça.
23/12/2011 17:42:04
RENATO RIO BLUES
A verdadeira amizade se constrói nas intempéries.
É vencendo dificuldades juntos que nos aproximamos dos nossos iguais.
Parabéns a vocês pela postura, pelo comportamento e pela coragem.
23/12/2011 17:40:35
FERNANDO PEDROSO
Caros,
conhecendo um pouco do Edú, não me surpreendo com esta atitude, ele tem ojeriza a este tipo de gente, é um sujeito integro de caráter ilibado, parabéns e tenho orgulho de ser seu amigo, abraço
23/12/2011 17:27:15
VIVIANE ARAÚJO PORTELA
Nossa! Que demais! Eduardo e Marcelo, eu não conhecia este site, e um amigo me indicou. SENSACIONAL!!! Amo moto! Quem sabe um dia chego lá. Bjks! Viviane
23/12/2011 17:24:11
RUITER FRANCO
Queridos e GRANDES Irmãos MOTOCICLISTAS!!
Honra-nos ver a responsabilidade Moral ser maior que interesses mesquinhos.
Parabens pela bela atitude e mais ainda por se fortalecerem como AMIGOS, nesta bela e saudável jornada.
Peço ao PAI que lhes permita um final de ano e inicio de um novo, repleto de alegrias e felicidades.
Forte abraço.
23/12/2011 17:17:49
OTAVIO ARAUJO GUGU
Perfeita decisão, eu também faria o mesmo. Marcelo, vc sentiu firmeza no parceiro e rodou junto, muito bem. Essas dificuldades fazem parte do motociclismo como um todo. Amigos, parabéns mais uma vez pela aventura.
FELIZ NATAL E UM ANO NOVO PLENO DE SAÚDE E NOVAS AVENTURAS a vocês e a todos os amigos que conquistei no Rotaway !!! Gugu
23/12/2011 17:14:53
FERNANDO ZANFORLIN
Caro, Mr. Eduardo, fico muito contente em ler os relatos de ambos.
Penso que se desculpar pela sua decisão, não necessidade, acredito que o Marcelo pensará tb. depois da minha observação.
O Marcelo estava movido pela emoção, quando pensou em se sujeitar aos perversos. Vc. agiu com a razão, fez as contas, avaliou a situação, e não se sujeitou. Mostrou um comando, deu uma segurança ao Marcelo. Não que haja necessidade de haver um "comandante" mas, há sim uma voz para deliberar uma decisão tem que ser tomada sem emoção e rápida. De qualquer forma parabéns a dupla de quatro. (tenho certeza que esse trecho de rebocagem deve ter sido ótimo para reflexões)
Abs.
23/12/2011 17:11:12
OSMAR PRADO
Edu e Marcelo. Tenho por hábito ler algumas ou todas as postagens antes de deixar o meu comentário. Mas o Ju Medeiros, que aqui também deixou o seu post, digo-lhe que o Wermelinger é um cara que realmente tem muitas histórias para contar. Antes de entrar para o teatro, cursei desenho industrial na UFERJ juntamente com a prima do Edu, a Silvia. E esta grande figura, desde aquela época, sempre teve este espírito louco, de sair, buscar o que está mais a frente, mas preservando de forma nobre o coração aberto.
Edu, Marcelo e todos os demais. Valeu mesmo, e um Natal cheio de saúde e paz. E que em 2012, tenhamos muito mais histórias para ler neste portal.
Um abração.
Osmar Prado
23/12/2011 16:57:36
RENATO JECA JOIA FURMANN
Parabéns a vocês dois. Ao não "alimentarem" este tipo de aproveitadores, vocês mostraram a eles valores reais nesta vida. Vocês podem ter certeza que os tais aproveitadores nunca mais irão se esquecer destes dois nobres brasileiros!
23/12/2011 16:55:50
JU MEDEIROS
Marcelo, não conheço o Eduardo Wermelinger, mas o dia que encontra lo nas estradas termino maior prazer em dar um forte agraço e depois sentar numa sombra na beira da estrada e pedir a ele para contar historias que não tenho escrita, pois tenho certeza que essas deverão ser muitíssima interessantes. Eduardo, sou voce amanha bem próximo, em relação a disposição para pegar estradas com moto. Me aguarde.
23/12/2011 16:55:43
DONATO MONTEIRO
Meus caros, aventura impar em todos os sentidos, viajandão show, parabéns.
Aproveito esta para enviar a vcs e aos amigos do Rotaway votos de ótimo Natal e 2012 de plenas realizações.
Grande abraço, boas festas.
Donato Monteiro.
23/12/2011 16:50:48
MOACIR OLIVEIRA DE SOUZA JUNIOR
Entre as várias coisas que uma boa viagem de moto nos proporcional, uma delas, sem dúvidas, é esta oportunidade de interagir e de conhecer outras pessoas e a nós mesmos, esta chance de refletir e apreciar o que realmente é importante!