Destino Alasca

Segunda-feira: Memphis / TN

17.10.2011

Ao planejar nosso passeio de hoje descobrimos que em Memphis é perfeitamente possível dispensar tours - chegáramos a considerar tomar um: pegamos a lista dos lugares que ele visitaria e fomos olhar no mapa. Praticamente tudo num raio de menos de um quilômetro do hotel. A única atração um pouco mais distante (1,5 km., mas mesmo assim na mesma linha que outras) era o Sun Studio, mas em compensação de lá sai um ônibus gratuito (para quem faz o tour do estúdio) que leva e traz de Graceland, a mansão de Elvis.

Então foi muito tranquilo: saímos andando, fomos ver a Bolsa de Algodão, a estátua de Elvis e a marcha dos patos no Peabody. Ah, essa é imperdível: diz a lenda que em 1932 o gerente geral do hotel, Frank Schutt, e um amigo (Chip Barwick) voltaram de uma caçada um tanto 'carregados' de Jack Daniels - lembrem-se que estamos no Tennessee, terra do Jack Daniels - e resolveram soltar os patos que usavam como chamariz na fonte do hotel. Ao contrário do que se poderia esperar os patos fizeram enorme sucesso e se tornaram um ativo do hotel, apenas substituindo os pequenos patos usados como chamariz por animais maiores.

Em 1940 um carregador do hotel, Edward Pembroke, que tinha experiência como treinador de animais, se prontificou a encontrar um ritual e treinar os patos para ir para a fonte todo o dia. Daí surgiu a marcha dos patos: duas vezes por dia (11h00 e 17h00), ao som de uma marcha, eles descem de elevador e quando a porta se abre vão para a fonte.

Não sabemos se em outros dias é diferente, mas hoje seria um pouco difícil chamar aquilo de marcha: quando a porta do elevador abriu os cinco patos sairam em disparada para a fonte. Por sorte estávamos filmando, porque não teríamos conseguido fotografá-los naquela velocidade... E eles vêm acompanhados por seu treinador, de casaca vermelha e bengala, muito formal!

Agora imaginem um saguão de hotel extrememente luxuoso - aquele luxo bonito e gostoso de hotéis clássicos, não a opulência normalmente sem atmosfera dos hotéis modernos - lotado de gente para todos os lados para ver os tais patos. Não sabemos se hóspedes que pagam a partir de US$ 209,00 por noite acham essa muvuca muito interessante...

Dali fomos para o Sun Studio, uma caminhada de mais ou menos um quilômetro, onde Elvis gravou seu primeiro disco. O prédio original foi transformado num museu, e há um tour guiado muito interessante, contando a história da gravadora, não só no que se refere a Elvis mas em geral como começou e como ela continuou fazendo sucesso depois de ter vendido o contrato de Elvis para a RCA. Primeiro eles nos apresentam um pouco da história e depois visita-se o estúdio onde eram feitas as gravações - dali saíram os primeiros discos de gente como B.B. King, Roy Orbisson, Elvis e outros. Nem somos fãs tão fanáticos de Elvis, mas a atmosfera acaba arrastando, a começar por Eldorado (que pseudônimo o cara foi arrumar), o guia do tour: cabelo com gel, um portentoso par de costeletas e um jeito todo especial de contar as histórias.

Terminado o tour tomamos o ônibus para visitar Graceland, a mansão onde Elvis viveu em Memphis. Ela também é um museu dentro de um imenso complexo de culto ao mito Elvis Presley: além de Graceland há o museu com seus aútomóveis e motocicletas, uma exposição de seus dois aviões particulares - imaginem, em 1960, alguém ter dois aviões a jato, um deles um quadrimotor - e nem sabemos mais o que. Decidimos limitar nossa visita a Graceland.

É uma visita muito interessante, e que também acaba mexendo com os sentimentos mais do que se acreditaria. A gente recebe um equipamento com uma gravação para orientar a passagem pelos aposentos, fornecendo informações que acabam nos trazendo para dentro da vida daqueles que moraram ali. Chega a ser surpreendente comparar a vida que Elvis levava ali com o que se vê de esbanjamento e exagero hoje em dia: pode ser que Elvis tenha gasto muito dinheiro naquela casa, mas Graceland é modestíssima comparada com mansões de gente muito menos famosa e rica que Elvis Presley. É uma residência, com um atmosfera que permite sentir com muita facilidade que ali viveu uma família!

O que realmente impressiona é a galeria de discos de ouro, platina e outros troféus que ele ganhou pela venda de seus discos - calcula-se que ele vendeu mais de um bilhão de discos no mundo inteiro. Há também uma coleção das roupas que ele usava em seus shows. Dá um aperto no coração ver que ele, como tantos outros, não conseguiu lidar com a fama e teve uma vida tão curta.

E voltamos para o hotel para terminar o dia e planejar a continuação da viagem - e ainda não fizemos isso. Temos que decidir para onde ir!!!

 
 
 
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Comentários (2)

2/2/2017 20:04:21
TJ49RNGEOFEF
“The comic strip is still above our bed, a reminder about the importance of assuming that our children at home and in our classrooms, would understand if we can find ways to communicate that makes sense to th#m2&e82.1;I loved this.
 
28/6/2016 15:52:30
HTJN5GYA2440
At last! Something clear I can unstdreand. Thanks!
 

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