Destino Alasca

Segunda-Feira: Isla Margarita - Puerto la Cruz - Cumaná

25.04.2011

 
No fim das contas decidimos arriscar: juntamos a bagagem e seguimos para a estação de ferries. A bagunça ainda era grande, mas muito menor que no domingo. Depois de algum tempo tentando entender em que fila ficar perguntamos num guichê onde não havia ninguém e nos disseram que não havia mais bilhetes para veículos, mas que talvez fosse possível encaixar uma moto.

Deveríamos procurar um Sr. Naldo, encarregado do despacho de embarque. Essa pessoa estaria em algum lugar ao longo da fila de carros esperando pelo embarque. Por incrível que pareça a primeira pessoa com uniforme de funcionário da empresa que abordei era o próprio. Ele confirmou que daria para embarcar a moto, e disse que eu deveria voltar ao guichê para comprar as passagens.

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Hoje o ferry estava cheio  
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Cor maravilhosa da água  
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A costa aqui...  
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...é cheia de ilhas.  


Ficamos mais de meia hora nessa fila esperando que uma família trocasse seus bilhetes - aparentemente o sistema de informática estava com síndrome de tartaruga. Quando finalmente consegui dizer o que queria finalmente a coisa andou: me chamaram para outro guichê onde os bilhetes foram emitidos manualmente - ainda bem que eu já tinha a bendita cópia dos passaportes em mãos.

Corrida para embarcar: quando entramos no pier de embarque estavam desembarcando outro ferry: tínhamos que tourear uma massa de pedestres misturados entre os carros em sentido contrário, auxiliados por uma fila de carros estacionados sobre o pier - não sabemos se eram taxis ou o que estavam fazendo ali. Mas deu tudo certo e embarcamos - para passar quatro horas e meia num banquinho de metal no convés, pois a área interna de passageiros, com ar condicionado e confortáveis poltronas já estava totalmente tomada pelo pessoal que embarcara mais cedo.

Chegados a Puerto la Cruz decidimos seguir para Cumaná, atraídos pela sua história: é o mais antigo assentamento espanhol na América, criado em 1521.

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Chegando a Puerto la Cruz  
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Vista da estrada...  
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...para Cumaná  


A viagem foi outro daqueles pesadelos viários que fazem parte deste país: uma estrada lindíssima, percorrendo pequenas serras ao longo da costa, com vista para diversas praias, enseadas e ilhas. E na nossa frente as latas velhas de sempre, associadas a caminhões (até mesmo trucados), ônibus grandes de turismo e as famigeradas busetas de transporte local.

E descobrimos mais uma faceta do motorista venezuelano: começou a chover, e mesmo os carros modernos (havia um Ford Explorer à nossa frente) começaram a andar incrivelmente devagar. Não sabemos se é consciência quanto ao estado de pneus e manutenção dos carros, falta de experiência, medo de óleo misturado com água, mas de qualquer forma aí a coisa desanda de vez. O mais surpreendente foi ver carros novos, na autopista que se abre na última metade dos 80 quilômetros de Puerto la Cruz a Cumaná, a 50 km/h! Numa pista onde, por estarmos tomando muito cuidado, andávamos a 80-90 km/h.

Bem, mais uma vez levamos mais de 1h30 para andar 80 km, e quando chegamos à cidade despencamos no trânsito de fim de dia, o que acabou nos levando a parar num hotel baseados num único critério: chega de procurar nesse trânsito caótico.

E cá estamos, pela primeira vez nessa viagem, com o diário de bordo sincronizado com o progresso da viagem. Parece que a cidade tem muito pouco de turístico, mas vamos ver melhor amanhã.
 
 
 
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