As Viagens de Ricardo Lugris

UMA TEMPESTADE, UM ENCONTRO, UMA COINCIDÊNCIA?

 
A medida em que avançava no rumo norte pela interminável e argentiníssima “Ruta 3”, o temperamental clima destas latitudes resolveu brindar-me com uma impressionante demonstração:

Como um fantasma, o vento de través, batendo duro em meu flanco esquerdo foi aumentando de intensidade.

A cada caminhão que cruzava, o deslocamento de ar tomava a forma de chutes que repercutiam em meu peito e no capacete.

Nossos amigos caminhoneiros argentinos, tão simpáticos em seus sinais de luz e acenos, não tinham a menor idéia de serem, involuntariamente, responsáveis por meu maior desconforto sobre a moto naquele momento.

O vento da patagônia, em rajadas fortes e longas, obrigava-me a manter a moto inclinada a uns quarenta graus como se fizesse uma interminável curva por mais de trinta quilômetros!

O céu azul e límpido daquela manhã vinha se deteriorando de forma ameaçadora.

No meu entorno, já podia perceber várias tempestades e fortes precipitações.

Estava efetivamente rodeado de nuvens negras que despencavam em imensas cortinas de água.

Era como se me encontrasse em com as cortinas fechadas em um imenso palco onde apenas no centro havia uma faixa aberta e iluminada.

Ali , somente ali, se conseguia avistar uma nesga de céu azul.

Apesar do aspecto aterrorizante do céu em torno de mim e considerando que rodava a cerca de 120 km/h, tinha conseguido até então evitar o grosso da tempestade.

Esta última chegou de repente, batendo um aguaceiro quase horizontal trazido pela força massacrante do vento da Patagônia Argentina.

Aqui, é óbvia a sensação de pequenez e impotência.



Você se sente ínfimo diante da violência de elementos em um entorno que é ao mesmo tempo, selvagem e magnífico.

Uma respeitável camada de água formou-se imediatamente tornando a pista de rodagem perigosamente escorregadia.

A visibilidade extremamente limitada, não permitia a escolha de melhor lugar para colocar a roda dianteira da moto.

Achei finalmente que não poderia mais continuar daquela maneira. Precisava urgentemente de um abrigo para esperar o fim do temporal, ou o fim do mundo, o que chegasse primeiro.
Nessa hora confesso ter tido dúvidas sobre qual das duas hipóteses se tratava o assunto.

Como quem foi, sabe, o problema é que por aquelas bandas quase não há casas ou edifícios, nem mesmo árvores ao longo daquela longa e psicologicamente infinita estrada.
A moto rodando pesada e constantemente chacoalhada pelas pancadas de vento, começava gravemente a me cansar.

O tamanho da GSA, associado à minha estatura, oferece uma considerável oposição ao vento. O pára-brisa (pára-vento?) parecia ser meu peito.

Ao longe avistei um caminhão no lado oposto da estrada e à medida que me aproximava, percebi que estava estacionado com as cortinas da cabine fechadas...

Seu proprietário, alheio ao caos climático, seguramente dormia tranqüilamente a sua merecida “siesta” .

Sem perda de tempo nem aviso, com apenas uma espiada no retrovisor, cruzei a estrada em direção ao caminhão, reduzindo marchas e freando delicadamente para não correr muitos riscos de transformar minha moto em skate nessa pista fortemente alagada.

O grande e seguro veículo me serviu de abrigo por quase uma hora até que o temporal arrefecesse. Quase não chovia do lado protegido da carreta.

Fiquei ali, sossegado, divertindo-me com uma garrafa de coca-cola e duas barrinhas de cereais.

O motorista daquele caminhão, meu bom e involuntário samaritano, jamais acordou durante nossa curta convivência e provavelmente jamais saberá a importância que teve naquele momento crucial para um motociclista em dificuldade climática.

Com um pensamento de gratidão e votos de boa viagem para ele, deixei meu abrigo de fortuna e duas barras de cereal no pé da porta do caminhão e voltei à estrada.

Ventava ainda, porém com menos força.

A chuva também tinha diminuído para níveis perfeitamente toleráveis.
Cheguei assim, cansado e razoavelmente molhado, à Península Valdés onde decidi fazer uma pausa para descansar por 24 horas.

Esta península, perfeitamente visível nos mapas da República Argentina, é uma reserva biológica e um centro de veraneio para toda a região sul daquele país.


Durante 4 meses por ano, as baleias podem ser avistadas desde as praias de Puerto Pirámides, capital do lugar.

Minha chegada a esta cidadezinha foi acompanhada de uma nova tempestade, com outra espetacular demonstração da fúria dos céus destas latitudes..

O vento era tanto que com a poeira que se erguia nas ruas de terra de Puerto Pirámides, eu não conseguia distinguir as paredes de casas e pousadas e saber onde poderia ficar hospedado nos próximos dois dias.

Tentei dois ou três lugares e fui informado que tudo estava lotado em função da temporada.

O lugar atraía grande número de turistas no verão, pois oferece um micro clima muito mais ameno que o resto da região.

Pressionado pelo aguaceiro que começava a desabar sobre mim, detalhe muito bem explorado pelo proprietário da pousada e, em minhas parcas possibilidades de negociação, aceitei os preços pedidos, mesmo sabendo que eram absurdamente altos para o país: 100 dólares por noite..
Recebi um apartamento térreo, com vista para o gerador elétrico da pousada. 100 dólares bem empregados....com o gerador de companhia até o amanhecer.

Ao chegar, notei uma outra GS com placa de Florianópolis estacionada na pousada

Não demorei a encontrar seus donos. Um simpático casal em viagem pela Província de Chubut, como parte de um programa de visita à República Argentina.

Naquela noite jantamos em animada conversa como se nos conhecêssemos há anos! Milagres da motocicleta.

Meus novos amigos catarinenses tinham planos para fazer um giro de moto pelas estradinhas da península na manhã seguinte. Decidi juntar-me a eles.

De Puerto Pirámides fizemos menos de cem quilômetros de muito barro onde meus parceiros, a dois na moto, quase foram ao chão em várias oportunidades.

O céu continuava ameaçador, e o passeio foi enlameado e tenso.


De volta ao vilarejo, o sol brilhava novamente e eu estava me sentindo
um pouco cansado. Precisava realmente recarregar minhas baterias.

Não tinha tido nenhum dia de pausa em mais de 15 dias de viagem.
Na pousada, após uma boa ducha e roupas limpas, sentei-me ao sol, na varanda.

Enquanto estudava meus mapas, uma das empregadas ofereceu-me um mate que, como gaúcho, prontamente aceitei. Pedi entretanto que fosse amargo, pois os argentinos tem o hábito de tomar chimarrão com açúcar, (blargh!)

O resto de minha tranqüila manhã foi dedicado à leitura com o Ipod oferecendo o melhor de sua música a meus ouvidos.

O sol massageando meu pelego, o mate que descia redondinho e o desfile de palavras de um bom livro diante de meus olhos alimentava meu espírito, coração e mente.

Minha leitura, um relato de uma viagem de moto de um americano de New York a Ushuaia

O mais curioso desse livro era que o seu autor, jamais tinha tido experiência prévia com uma motocicleta antes dessa grande viagem.

Um belo dia resolve vender tudo o que tinha, compra uma moto, tira a carteira de habilitação e se manda em uma viagem de um ano até o extremo meridional de nosso continente.

Mal sabia eu, enquanto apreciava o livro, que em minha leitura nessa manhã tranqüila de janeiro encontraria a primeira parte do que seria a experiência mais intrigante de qualquer viagem que fiz até hoje.

Andrés Carlstein, o autor de “Odissey to Ushuaia”, o livro que estava lendo declara, na página 9 que eu acabara de ler, que seu herói pessoal é Emílio Scotto, um argentino que entre 1985 e 1995 deu a volta ao mundo sete vezes em uma “Honda GoldWing 1500 cc”.


EMILIO SCOTTO EM UMA DAS SUAS VIAGENS  
Emilio Scotto saiu de casa, em Buenos Aires, com apenas 300 dólares no bolso e percorreu, em 10 anos, 215 países.


A mais distante, complicada e extraordinária viagem que qualquer um de nós tenha feito, parecerá sempre com um “piquenique de freirinhas” perto do que Emílio Scotto percorreu em sua “Black Queen”.

Em resumo, uma legenda para os viajantes de moto amadores como eu e também para o “Gringo”, autor do livro em questão.

Após um par de horas de leitura na mesma ensolarada varanda, decidi fazer uma caminhada para conhecer a praia e a cidadezinha de Puerto Pirâmides.

Sempre com o Ipod soando em meus ouvidos, o que me assegurava uma certa privacidade, guardei o livro na mochila e tomei a direção do mar.



Ao final da praia, percebo que já são mais de duas horas da tarde e que ainda não almocei.
Escolho um pequeno hotel junto à praia cujo restaurante com suas grandes janelas oferecia uma bela vista sobre o Atlântico.

Muito cedo para almoçar para os locais (os argentinos almoçam às 16 hs,), pude escolher uma mesa em um canto sossegado, ao lado da janela.

Após um excelente almoço com irresistível boa carne e o indefectível Malbec, cuja garrafa decidi terminar enquanto escrevia minhas notas de viagem, já atrasadas de vários dias.
Concentrado em minhas idéias, percebo que alguém se dirige a mim em inglês, com sotaque argentino.

Viro-me para ele e, em espanhol, respondo:

“Desculpe, estava distraído, o que me disse?”

Um senhor, com cerca de 70 anos de idade, com um largo e amigável sorriso, repete, desta vez em castelhano:

- Disse que a vida não é tão má assim” E apontou para o mar e a praia.

Respondi que por coincidência, estava pensando nisso naquela mesma manhã enquanto curtia minha leitura, o sol, o mate e a música na varanda da pousada em que estava hospedado.

Sem maiores cerimônias, o senhor argentino aproximou-se, puxou uma cadeira e fez menção de sentar-se.

-Posso?
- Claro que sim, respondi.

Chamou o garçon e pediu dois cafés.

- De onde você é ? - Pergunta ele.
Respondi que era brasileiro, vivendo na França e que estava em meio a uma viagem pela América do Sul, de moto.

-Você é jornalista?
Disse que não mas que como gostava de escrever sobre minhas viagens, alguns jornais e revistas às vezes se interessavam por meus relatos, daí, as notas.

Ele então disse:
Extraordinário! O senhor então viaja de moto, e completou:

“Meu nome é Emílio Carlos Scotto, tenho um filho que viaja de motocicleta há muitos anos, tendo feito a volta ao mundo várias vezes, hoje, ele vive nos Estados Unidos...

Minha cara de surpresa foi suficiente para que ele interrompesse a apresentação do personagem sobre o qual eu acabara de ler em meu livro há apenas duas horas.

Abri minha mochila, retirei o livro e mostrei a ele com o marcador ainda na página em que o autor falava sobre seu filho.

Ainda chocado, tive dificuldade em aceitar tamanha coincidência

Seria realmente uma coincidência?

A tempestade que me levou a fazer uma pausa inadvertida em Puerto Pirámides, um pequeno povoado de alguns milhares de habitantes apenas?

Com uma afinidade natural em relação àquele agradável senhor que lembrava em muito meu pai, continuei conversando com ele por mais de três horas sobre os mais diversos assuntos.

Don Emílio, como passei a chamá-lo, é uma pessoa adorável, com um charme e uma riqueza interior além de uma grande experiência, extraordinárias.

Ao final de nossa conversa, orgulhosamente entregou-me um postal com a foto de seu filho junto a uma Honda Gold Wing, (foto que ainda conservo) com a seguinte dedicatória no verso:



clique na foto para ampliá-la
Ao Ricardo,

Casualidade? Destino?
Se soubéssemos “o por que”, morreria o assombro.
Meu afeto para um encantador companheiro de estrada.
Emilio “Father
”.

Saí do restaurante muito impressionado. A coincidência era demasiada.
Até hoje não sei se é a motocicleta que favorece e provoca esses mistérios.
Em todo caso, por pura limitação evito absolutamente decifrá-los.

Como disse Don Emilio, se soubéssemos o “por quê?”, não nos surpreenderíamos mais.
Prefiro, entre tempestades e ventanias pelos confins desse mundo, continuar emocionando-me, surpreendendo-me, assombrando-me, e assim seguir vivendo sensações e experiências a cada quilômetro nas marcas deixadas pelas rodas de minha motocicleta.


Assim, de forma simples, caberá aos horizontes e ao acaso a belíssima tarefa de preparar minhas próximas surpresas.

Ricardo Lugris
ricardolugris@rotaway.com.br


________________________ RESPOSTA POSTADA EM 6/2/2012 13:10:37

RICARDO LUGRIS: Boa observação, Gebê. A Dakar e outra GS eram de um casal de franceses que me acompanhavam. Veja o post "Feliz Ano Novo". Abraço e obrigado a todos!! É um grande prazer para mim receber a apreciação dos amigos sobre o que escrevo. RL
 
 
 
Bookmark e Compartilhe
 

Comentários (41)

13/2/2012 18:42:39
FABIANO LOBATO
Amigo Lugris,
A cada leitura fico mais impressionado de como o leitor consegue "viajar" junto com voçê em seus relatos de viagem !!!
Sem dúvida as emoções e experiencias do motociclista misturan-se às marcas deixadas pelas rodas da moto.

 
8/2/2012 23:27:39
MARCIO PAVANELLO BRIGNOLI
Estamos todos conectados, conhecidencia ou destino nao importa se o momento presente esta sendo vivido plenamente.
Boa viagem.
 
8/2/2012 10:08:04
GERMANG GUNTERN
Muchas Gracias Amigo Mecca por enviar este hermoso mail , muy linda la experiencia de Lugris y sus comentarios de su viaje hacen recordar propios viajes y re vivirlos , en el mundo y kilometros de todo motero siempre hay coincidencias pero esta de encontrar al padre de Scotto en esa situacion es unica .
Fuerte abrazo y saludos a todos los Amigos Moteros .

 
8/2/2012 09:02:35
MARCIO CELANT
aguardo ansioso,por um livro (ou vários) contando seus relatos .
Um forte abraço.
 
7/2/2012 21:27:51
R. MECCA
Caramba! Depois de uma viagem a Ushuaia, via Ruta 40, interrompida por acidente ripiano, um relato destes nos anima ainda mais a continuar onde paramos. Não há vitória sem luta, nem viagem a relatar sem o imponderável a nos sondar e agitar! A técnica da escrita, a emoção na mente e o inusitado à frente fazem com que relatos como o do Lugris nos envolvam totalmente e nos desafiem constantemente. Não são provas de resistência ou de bravura, já que buscamos tudo o que o turismo sobre Duas Rodas nos proporciona, ainda que saibamos, de antemão, que "algo diferente" pode ocorrer. Este é o tempero não previsto e que dá o sabor mágico de todas as viagens. Meus cumprimentos, Lugris e que novas aventuras possam ser relatadas com essa entusiasmante qualidade.
Abraços!
 
7/2/2012 09:42:13
SERGIO
Parabens camarada fiz esse trajeto em 2011 agora vol para o equador e como vc anoto tudo pois pratendo lançar um livro ja o intereçante da patagonia é essas loucuras que acontece todos os dias abraço
 
6/2/2012 23:57:58
CELSO
Cada vez que eu leio essas histórias maravilhosas desses "fazedores de chuva", com o perdão dos autores, mais me apaixono pela moto.....
Celso - SP
 
6/2/2012 21:14:34
CHARLES
Ricardo.
Acho que sua teoria das ofertas trazidas por uma viagem de moto deve prosperar.
Isso é a mais pura verdade viajar em moto nos abre portas e portais que parecem inimagináveis!
Amplexus
Charles
 
6/2/2012 20:45:34
CARLOS PEREIRA NETO
Prezado amigo estradeiro: Belíssima viagem a sua! Parabéns!
Um fraternal abraço.
 
6/2/2012 19:45:32
EDUARDO WERMELINGER

Amigo Lugris,
como já nos falamos hoje por telefone, ao ler o seu texto, me identifiquei com várias passagens pelas estradas, as quais me levaram a reflexões.
E ao ler os comentários, quando em especial do José Camilo Krummer, me veio toda uma lembrança de um episódio muito parecido com o seu. E não tenho dúvidas, que quando parei naquela pousada, já "estava escrito" qual seria a minha missão no dia seguinte. E é isso, quero parabenizar a sua pessoa pela forma a qual aborda a Arte do Motociclismo.
Deixo também um grande abraço para todos os demais amigos.

Eduardo Wermelinger
 
6/2/2012 19:20:54
WALDEIR

Ricardo, seu relato, com riqueza de detalhes, faz a gente imaginar a sensação dessa aventura em duas rodas que vc está vivenciando. Com certeza, vc vai publicar seus relatos em livro, que será bem aceito pela comunidade motociclística...
Parabéns! Sucesso e muitas felicidades pra vc!
 
6/2/2012 17:15:53
MARCIO ALVES ROBERTO
Ricardo, aconteceu com voce de forma espetacular, aconteceu comigo, e com outros amigos que aqui já deram o seu testemunho, cada um a seu jeito e formas diferentes. Eu já tive várias vezes alguns "Déjà vu" - acho que é assim que se escreve - que é chegar em um lugar que nunca esteve antes, e sentir como se já estivesse ido lá antes... Ou de pensar em alguém e este alguém imediatamente ou logo após alguns segundos me ligar... Tenho muito isto!
Eu acredito também que a moto, só o fato de andarmos de moto, para quem gosta, é claro, "abre" a nossa mente mais ainda, facilitando o aparecimento deste tipo de situação quase surreal e cheia de mistérios, que só Deus explica! Parabéns pela ótima narrativa! Abçs!
Marcio A. Roberto - Campo Grande/MS
 
6/2/2012 13:26:25
EUGENIO PACELLI
Fascinante tudo isso, vc realmente e um cara iluminado.
 
6/2/2012 13:01:12
GERALDO BERGAMO FILHO GEBÊ
Olá Ricardo, sua estória nos remete à reflexão sobre a filosofia das coincidências que todos os seres humanos estão "separados" apenas por 6o. graus no Universo. Todos somos, na verdade, ,conhecidos por alguma razão (?)., basta que iniciemos uma conversa que nos remeta a "detalhes" e chegamos à conclusão que já nos conhecemos ou conhecemos alguém que nos conhece e que por sua vez conhece a outros que nos são próximos e por aí vai., já não lhe aconteceu isso? Costumo exemplificar essa coincidência afirmando que o "mundo é uma ervilha", e que todos nós temos muito algo em comum....basta para isso ir se aprofundando na conversa...experimente.....!!!! e quanto a isso as duas rodas, fatalmente, vão estar incluidas pra facilitar as coisas!!!!abs. Gebê
P.S.E aquela moto GS Dakar próxima ao caminhão, também recorreu ao abrigo?
 
6/2/2012 10:06:27
PAULO SAINT MARTIN DE OLIVEIRA
Olá, Ricardo, parabenizo-o mais uma vez por nos brindar com mais uma bela estória. Referendo o pedido do bom amigo Gugu (também um excelente narrador de estórias do mundo motociclístico): estamos aguardando um livro com todos esses "causos". Forte abraço. Paulo-TO
 
6/2/2012 09:39:53
BRANCO, UBERABA MG.
Ricardo, impressionante seu relato e é isto que a gente espera quando faz uma viagem como esta.
Continue com Deus.
 
6/2/2012 09:28:20
JOSE CAMILO KRUMMER
Ricardo, parabéns! Aconteceu algo muito parecido com a minha pessoa, e até posso dar como testemunho o próprio Eduardo Wermelinger. No ano passado quando estava em El Calvario, Cusco, lá pelas 2 da manhã ouço um barulho do motor da GS, e me levantei na hora para ver do que se tratava, afinal só tinha a minha moto naquele hotel. Ao sair da cama, estava em mãos com o meu notebook justamente acessando o Rotaway, e quem era que estava ali chegando? Sim, o próprio Eduardo Wermelinger. Foi muita coincidência? Não. No dia seguinte peguei a estrada ao sul juntamente com Eduardo, e após uns 50 km percorrido sofri uma queda no rípio que me custou um pé quebrado. O Eduardo estava bem atrás. Além de me levar até cusco para que eu pudesse procurar um ortopedista para ser atendido, voltou ao local para pegar a minha motocicleta. E Mais uma vez pergunto. Coincidência? Lógico que não! Deus nos reuniu ali naquela cidade além fronteira, naquele instante, onde sem a presença do Eduardo, sinceramente não sei como eu teria resolvido tudo daquela forma. Ricardo, esta experiência vivida pela sua pessoa, certamente muitos também já a viveram de alguma forma. Ricardo Lugris. Parabéns! Jose Camilo
 
6/2/2012 09:09:10
AMIR SAAD
Ricardo, sempre acesso este site, mas esta é a minha primeira postagem, pois não podia de deixar de parabenizá-lo por nos presentear com este relato. Parabéns. Saad
 
6/2/2012 08:59:10
CICERO PAES
Realmente, coincidências em viagens de moto é algo que nos deixa estupefatos. Creio que ocorre porque na verdade é uma grande família, ou seja, sempre alguém conhece alguém que conhece outro alguém e por aí vai.

Mas, em alguns casos, tal qual o Ricardo, me recuso a "querer entender"
 
6/2/2012 08:37:29
RICHARD
senssacional....seus relatos, a vida sobre um motocicleta é uma dadiva dos céus....PARABENS, e que continue a nos presentear com relatos tão bons e cativantes....
 
5/2/2012 23:59:24
JU MEDEIROS
Maktub!!! diria se fosse Paulo Coelho, Ricardo, que merecimento incrível meu irmão!!! Acredito que o papo que vocês leveram ainda vai ecoar muito na sua memória, que é "em mim mora"... onde a gente encontra os irmãos de falanges. É incrível os sincronismos que a vida da a quem bem merecer.
 
5/2/2012 22:38:13
GRAÇA BALEN LUGRIS
Nesta viagem , não tive o prazer de participar ....O relato é cativante , cheio de emoçôes e, nos prende do começo ao fim . Vale a pena !!!!
 
5/2/2012 21:20:17
OTAVIO ARAUJO GUGU
Amigo Ricardo, aos poucos não me surpreendo mais com suas histórias de motocicleta, adoro-as todas. Mais uma agora para minha coleção. Uma ameaça velada - se o amigo não escrever logo o livro, compilando todas essas aventuras, irei fazê-lo de bom grado, afinal seus amigos merecem o prazer que nos dará tão rico material do mundo do motociclismo. Continue nos presenteando. Fraterno moto abraço a todos, Gugu - Taubaté/SP
 
5/2/2012 21:18:33
MARCOS CHIQUITO
Ricardo !!
Boa noite,
As coincidências não param,
Fiquei impressionado com seus relatos,
Hoje é Domingo e do nada abro no computador, e me deparo com a sua reportagem,
Acontece,que acabo de voltas do Ushuaia, e passei exatamente por uma situação semelhante, mas sem a ajuda o caminhão,
Parabens pela bela redação,

Como disse Don Emilio, se soubéssemos o “por quê?”, não nos surpreenderíamos mais.
 
5/2/2012 20:23:21
MARCELO VORCARO
Que belo texto, amigo, e belas passagens. Sábia parada na proteção do caminhão, um grão de areia no deserto com vento e chuva. Sei o aperto que passou .Sempre nas dificuldades, aparece um espírito de luz que vem te socorrer sem saber. É uma magia que sinto nas estradas, sempre há uma saída para tudo. A coincidência com o Emilio dá um ar de que depois da tempestade, sempre vem a bonança, pois nos fortalecemos tremendamente depois dos mal momentos. É através desses inusitados acontecidos , é que cada vez mais nos apaixonamos com o mototurismo, onde voce perde as amarras que te prendem e te transforma em um cidadão do mundo, falando a língua da liberdade . Obrigado por partilhar momentos tão sublimes , seus textos são um aprendizado para todos amantes do motociclismo de aventura!! Um grande abraço das Minas Gerais!!!
 
5/2/2012 19:55:36
ALEXANDRA COELHO
Belíssimo texto! E que extraordinária coincidência!!
 
5/2/2012 19:29:57
LEONARDO B. CASTANHA
Simplesmente emocionante, coisa de cinema!

Parebéns Ricardo!
 
5/2/2012 16:08:54
JOSE CARLOS GARCIA
meu no JOSE CARLOS GARCIA, moro em São Paulo, tenho 60 anos, tenho amor de moto deste meus 32 anos, gostei muito da forma que foi descrita a sua aventura, viajei mutos km, estou querendo fazer uma visita para o sul, porque viajei até o norte, preciso fazer vista no SUL, quem sabe iremos nos encontrar, sou ROTARYANO DE ALPHAVILLE, SÃO PAULO. MEU E-MAIL: jc.garciaeseabra@uol.com.br
 
5/2/2012 15:13:41
REINALDO TAVARES
Caro Ricardo, sua aventura foi realmente cheia de mistérios,as experiências vividas nas estradas explica bem estes encontros do real com a ficção. Creio que a motocicleta proporciona sim estes encontros, e as vezes com uma dose de emoção muito forte. Obrigado por nos presentear com seu relato.
Muitos Kms de aventura.
 
5/2/2012 13:19:37
HELENINHA
Que prazer ler esse relato de experiência...espero um dia, em breve, viver um pouquinho dessa maravilha...viajar de moto..Sou iniciante mas ja experimentei a inebriante alegria e energia de viajar de moto e sentir o vento, a brisa o frio, etc envolvendo nosso corpo e alma. Nada acontece por acaso nessa vida, creio que tudo é providência divina. O seu encontro com esse fabuloso autor, foi com certeza, providenciado pelo Pai Maior, e, ainda, com certeza, outros encontros como esses, lhe serão realizados por Ele.
Parabéns..amei sua palavras, nos faz imaginar onde está e sentir o que está sentindo.
Deus o acompanhe e lhe proteja sempre!
Abraços
Heleninha
 
5/2/2012 12:43:14
FERNANDO ZANFORLIN
Ricardo, tenho certeza de muitas coisas, uma delas é essa: o espírito bom é imantado, ele sempre atrai espíritos bons, essa energia é catalizadora. Por esse espírito é que não acredito em coincidências e tampouco sorte. O fato das 2 barrinhas na soleira, é o sinal dessa energia espiritual em vc. Parabéns pelo relato.
 
5/2/2012 11:41:57
LEANDRO VILAS BOAS
Um título totalmente pertinente a experiência vivida. Não que eu tenha passado por momento exatamente a este, mas já vivenciei inúmeros episódios que não me contento em aceitar como simples coincidência, mas estava escrito, e assim, fará parte da minha história. Ricardo, parabéns pelo texto.
 
5/2/2012 11:29:43
OTAVIO FIDELIS SCHREINER
Magrão

Adorei a viagem.
A clareza nos detalhes proporciona uma visão emocionante de sua experiência.
Caríssimo Ricado, sou orgulhoso por ser seu AMIGO.
 
5/2/2012 11:13:52
FERNANDO LUTERBACK
Caro Ricardo, belíssima literatura, com paixão, emoção e muito romantismo. Aprecio a sua forma de nos levar a viajar e principalmente, a dar um "start" para que possamos nos permitir a estarmos mais atentos as surpresas que ficarão eternizadas na história. Parabéns
 
5/2/2012 10:55:35
PAULO CANIBAL
MEu Nobre Irmão Motociclista Ricardo, realmente seu relato é envolvente e com toda a certeza me leva a viajar pelos trechos de Ripio e os ventos constantes da Carretera Astral. Que sempre esteja o nosso Grande PAI a lhe abençoar, com boas estradas e suaves atalhos. Y Buenas Rutas Mi Hermano Motero.
 
5/2/2012 10:50:27
SERGIO MENDEZ
Ricardo :El dia 28 de diciembre ,quien esto escribe , junto con otro amigo , de Floripa, estabamos ,exactamente, en ese punto de la interminable ruta 3 , sufriendo los embates del viento y la tempestad , pero viajando , hacia el sur: ?por casualidad , tu estabas parado , con tu moto al costado del camion , y cuando nos viste pasar (dos suzuqui V-strom) , aplaudiste , como dando fuerza y energia...........¿Si fueras tu , bueno , eso te demuestra la magia de los viajes,.- Tu encuentro con el padre del MAESTRO Scotto, seria un jalon mas de estas maravillosas vivencias y la magia de los viajes ¡¡¡¡¡¡ Felicitaciones y buenos vientos , abrazo Sergio.-
 
5/2/2012 10:49:52
HOMERO LARA
é muito prazeirosa a leitura de seus textos.
Parabéns.

 
5/2/2012 10:37:37
RODRIGO GALANTE
É isso o que eu amo tanto no mundo das viagens de moto aventura. Estou saindo no dia 18.02.2012 de SP e indo até Macchu Pichu, espero viver experiencias maravilhosas como as suas. Keep Riding Safe!

Grande Abraço!

Rodrigo Galante
 
4/2/2012 09:16:26
WILLI NELSON KLINK
Caro Ricardo
A descrição da sua experiencia de viagem e em si uma experiencia sensacional. Emocionante e rica em detalhes sensoriais. É como se eu estivesse viajando na garupa "virtual". A possibilidade de fazer amigos e estar sujeito a encontrar personagens ricos em experiencias acredito que só o motociclismo permite. Registro que fiquei profundamente emocionado com seu relato. Obrigado por compartilhar conosco.
 
3/2/2012 11:46:09
BERNARDO FARIA
Eu não acredito em coincidências, mas sim, naquilo que o destino nos reserva. Lugris, o felicito por ter vivido esta experiência.
Abraços. Bernardo Faria
 
3/2/2012 10:20:51
ACACIO LUIZ DE SOUZA
A vida ta ai pra ser vivida,isso é qualidade ,tudo vai bem se vc esta bem ,bons passeios!!!!
 

Comente

Nome
E-mail
Comentário
Escreva a chave:
DPBK
 abaixo